Participei da enquete feita pela ombudsman Suzana Singer para sua coluna de 26/1/2014 na Folha de São Paulo. A questão foi: a cobertura econômica está excessivamente pessimista?

É consenso neste início de ano eleitoral que a política econômica brasileira precisa passar por um ajuste, se não agora, pelo menos em 2015. Mesmo discordando do pessimismo de quem olha para indicadores artificiais, como a meta central de inflação e a de superavit primário, sigo a avaliação.

Brasil e Cuba têm mais em comum do que as críticas aos Estados Unidos – os dois países mantêm uma cooperação especial, que se tornou mais intensa nos últimos anos.

Foi preciso que o presidente de um dos maiores bancos brasileiros viajasse 8.940 kms para fora do país, um estirão aéreo de  11 hs  até Genebra, na Suíça, para encontrar um jornalista, o competente Assis Moreira, correspondente do Valor Econômico, disposto a ouvir e reportar  uma visão  da economia  ausente na pauta  do Brasil aos cacos,  que predomina nas páginas  do seu próprio jornal.

Assisti no final de 2013 a uma apresentação de um economista heterodoxo em um centro de estudos liberal, numa ocasião incomum de debate econômico plural. Não cito nomes porque o evento foi restrito.

O Brasil precisa mexer na política cambial. A valorização do real por vários anos fez com que empresários virassem importadores e a indústria encolhesse. Por isso, o crescimento patina. Se o enrosco não for resolvido, pode haver recuo.

Da garantia do apagão de energia feita na virada de 2012 para 2013, que não ocorreu, à previsão do estouro nas contas públicas, que, na verdade, bateram recorde positivo, projeções funestas para economia brasileira não se materializaram;

A coluna passada destacou que a atuação do Estado --ao tomar e diluir riscos que a iniciativa privada não é capaz de aceitar-- condiciona decisivamente o desempenho das empresas. Hoje, o objetivo é discutir casos recentes de interação público-privada em inovações.

Quando a tempestade neoliberal despencou, em 2007/2008, o Brasil resistiu ao naufrágio com boias que exigiram gastos fiscais da ordem de R$ 400 bilhões.

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Quem pede a volta do tripé econômico de FHC deveria mostrar quais os resultados produzidos pelo instrumental desejado