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A guerra é pelo domínio do imaginário popular. Carlos Ramalho
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Cidadania
Sáb, 29 de Agosto de 2015 15:02

Carlos_RamalhoO cerco conservador aos lideres orgânicos dos trabalhadores, às representações políticas dos trabalhadores e a quaisquer pessoas que, ou tenham relações com o governo federal, ou ajam com independência (como, por exemplo, jornalistas) se dá atualmente em duas frentes principais: mídia corporativa cartelizada e judiciário. Neste campo é onde se trava a guerra pelo inconsciente coletivo do Povo. É por meio dessa guerra que os conservadores buscam criar no imaginário do Povo (que em esmagadora maioria é constituído de trabalhadores) visão depreciada de si próprio. A tática é submeter os que não aceitam as bandeiras direitistas à execração pública. Buscam desgastar moralmente os que não comungam de suas ideias regressivas e ridicularizar a cultura popular, o jeito popular, o falar popular, o gosto popular, as pessoas do Povo. É desta maneira que tentam fazer com que o Povo tenha vergonha de si próprio.

A dobradinha mídia-judiciário é perfeita para tal intento: o judiciário criminaliza e a mídia espalha o reproche achincalhador e injusto acrescentando-lhe mais mentiras e alimentando preconceitos, visando especialmente o lumpenclassemediano, assentados em sentimentos menores como egoísmo exacerbado, ambição desmedida, inveja, covardia, delação.

Na mídia, os exemplos de desonestidade e desinformação, cujos objetivos são o de pôr a população leitora de jornais tradicionais (a classe média analfabeta funcional e, por isto, acrítica) contra os trabalhadores, são abundantes. A Veja, é um deles, toda semana mente e age desonestamente, mas é apenas um caso de muitos. O intuito, sempre, é o de colar crimes nos líderes dos trabalhadores e no partido que os representa, mas também em empresários que trabalham com o governo e nos jornalistas independentes.

No judiciário, como provam mensalões e lava-jatos, com evidente intenção de criminalizar forças trabalhistas emergentes que tantos benefícios trouxeram ao país (benefícios que são reconhecidos internacionalmente) dá-se o mesmo. Os bufões ridículos (e quando se fala em bufão ridículo não dá para deixar de pensar em Gilmar Mendes com suas caras e bocas) e mal intencionados cometem crimes contra acusados, contra empresas e empresários ligados aos trabalhistas e ao governo trabalhista, e contra o país, isto é notório, basta ler os processos ditos emblemáticos de um judiciário apodrecido.

Uma breve digressão: aos que estão do lado da democracia, cabe, porém, não esmorecer, não desanimar frente a toda esta sujeirada. Antes era pior e, mesmo assim, muito já foi conseguido, embora com o sacrifício de heróis e mártires dos trabalhadores. É preciso continuar a lutar sem medo e pertinazmente, até para honrar os que tombaram e os que ainda hoje são atacados por se posicionarem em favor dos trabalhadores.

A criminalização dos heróis do trabalhismo faz parte da agressão ao imaginário popular e tem por intuito dominar o inconsciente coletivo popular. A parcela podre da classe média não aceita que os heróis do Povo (o Verdadeiro Povo, ou Povão) sejam escolhidos autonomamente. Quer que tais heróis sejam definidos por ela. Age com os heróis populares como a corte portuguesa agiu com Tiradentes. Se pudessem, enforcariam, esquartejariam Lula e declarariam infame sua descendência, pois ontem, como hoje, o propósito da elite é destruir a autoconfiança e a autoestima do Povo.

A corte portuguesa foi vencida cerca de 100 anos depois do martírio de Tiradentes com o advento da república. Mas foi vencida, e Tiradentes, com sua coragem, luta e martírio, ajudou a vencê-la. Agora, é hora da consolidação da democracia de viés popular, a verdadeira democracia, democracia pela qual se luta, pelo menos, desde o último governo de Getúlio. Embora a corte portuguesa tenha consumido 100 anos para ser derrotada (com a queda da família real brasileira sucessora da portuguesa), hoje, com o acesso à informação muito mais facilitado do que nos séculos XVIII e XIX, a consolidação da democracia de viés popular se dará em muito menos tempo.

Na busca pela dominação do imaginário popular, tentam destruir a imagem de Getúlio, mas também de Jango, Juscelino, Brizola, pois todos eles fazem parte do panteão de heróis trabalhistas. Todos eles trouxeram contribuições importantes para o bem estar dos trabalhadores, e todos eles pagaram caro por elas. São heróis dos trabalhadores e, por isto, são atacados pelos conservadores burgueses. Na onda de destruição do imaginário popular, tudo o que se opuser à visão única da mídia cartelizada que serve aos conservadores é tido por inimigo: jornalistas, artistas, empresários e mesmo as pessoas do Povo não são poupados, são todos alvos de tentativas de assassinato moral. Essa gente não quer que o Povo tome autonomamente seu líderes orgânicos como heróis. Essa gente quer, ao contrário, que os heróis e mitos populares sejam os impostos pelos teóricos de comunicação da elite econômica. Essa gente quer induzir o Povo a adotar as bandeiras dos conservadores burgueses com as quais pavimentam a escravização do Povo.

A dominação do imaginário popular é a razão de Moros, Mendes e Barbosas lutarem tão denodadamente para desacreditar jornalistas, partidos de trabalhadores e heróis populares contemporâneos como Lula, Dirceu, Genoíno, e tentarem pôr, no lugar deles, marionetes e marginais como Moro, Barbosa, Malafaia, Gilmar afora bufões como Aécio, Aloysio e outros, ou incompetentes como Alckmin.

A guerra é pelo domínio do imaginário popular.

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