Não sei se a
senadora Marina Silva decidiu se fica ou sai do PT, se disputa ou não a
presidência da República. Mas sua eventual candidatura já está sendo comemorada
pela direita brasileira.
Com todo o
respeito e admiração que merece a senadora Marina Silva, mas falar em
construção programática com um partido (Partido Verde) que se subordina a
governos e interesses do PSDB e do DEM é de flagrante contradição política.
Há
algumas semanas, tive acesso a um relatório sobre a situação atual dos acessos
de banda larga no mundo todo, e não me surpreendi em ver o Brasil classificado
como um dos acessos mais caros e de pior qualidade.
A mídia nativa tem, às vezes, o poder de me
espantar. Ou, por outra, me obriga a meditar sobre a serventia do jornalismo e
as responsabilidades que daí decorrem.
O jornal Valor publicou nesta quinta-feira um artigo em que a
jornalista Maria Inês Nassif critica "o clima de escândalo" gerado pela
suposta denúncia feita pela ex-secretária da Receita Federal Lina Maria
Veira contra a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Segundo
Maria Inês Nassif, as criticas se devem pelo fato de Dilma "ser
candidata à sucessão de Lula em 2010, com o apoio de um presidente que
tem grande popularidade". "O depoimento da ex-secretária da Receita
sequer foi dúbio. Ela inocenta a ministra da acusação que seria de fato
crime: pressionar a Receita para não investigar alguém", afirma a
jornalista. Leia a íntegra do artigo:
Queda na taxa de desemprego americano de 9,5% para 9,4% põe
fim as previsões dos economistas mais conceituados e citados nos Estados
Unidos, como Roubini e Paul Krugman, de que o desemprego se tornaria de dois
dígitos, chegando a 12%.
A mídia comercial brasileira, copiadora número um da matriz CNN, que
transmite em espanhol, para toda a América Latina, bombardeou os
leitores/espectadores/ouvintes com críticas ao governo venezuelano que, na
semana passada, encerrou a transmissão de 34 emissoras de rádio naquele país.
Não faltaram os comentários raivosos sobre a "ditadura chavista" e muito menos
as entrevistas - à exaustão - com os
representantes da direita golpista da Venezuela falando da "falta de
democracia" de Hugo Chávez.
A possibilidade de a senadora Marina
Silva se candidatar à Presidência da República pelo PV é a única novidade do
debate sucessório que desperta esperança de alguma inovação na política
brasileira. Tem sido desalentador constatar a pobreza de ideias de nossos
principais presidenciáveis.