O concerto e o álbum “sem chumbo nos pés” novo projeto musical de Naldinho Freire, intitulado a partir da canção “Pássaros”, parceria com Pedro Osmar do grupo Jaguaribe Carne (PB), propõe um diálogo entre a canção e elementos da música eletrônica. Em março de 2016 Freire iniciou o processo de composição a partir do material recebido pelos parceiros, além de revisitar algumas de suas composições. No final do ano de 2016 o conjunto da obra foi apresentado a produtora cultural paraense Inês Silveira, que realizou uma curadoria e sugeriu canções que circularam durante os anos de 2017 e 2018 em shows pelo Brasil e outros países, numa proposta de experimentação até o início da fase de produção fonográfica, que ocorreu paralelamente às apresentações.
“Todo artista é um pássaro”, afirma Naldinho. “E creio que nós precisamos dessas asas que nos levam a criar. O mundo é um espaço com seus pesos e cabe-nos fazer florescer a essência da leveza, pois, as artes nos abrem os olhos, a mente e o coração. É disso que estou a tratar, marcado pelo momento pessoal e afetivo, mas também pelo contexto político que estamos vivendo.”
Com direção musical de Marcel Barretto, “sem chumbo nos pés” tem o violão como o instrumento norteador para as melodias e textos das canções, que trazem as participações de Chico César, Pinduca, Mario Lucio, Ana de Holanda, Alex Mono, Manuel di Candinho, Pedro Osmar, Adeildo Vieira, Natália Matos, James Tha Costa, Glaucia Lima, Déa Limeira, Antonio Ronaldo, Camila Honda, Pedro Vianna, Gláfira, Andrea Silveira, Dan Bordallo, Beá Santos, Lucas Torres, Gabriel Freire, e outros músicos que contribuem com as nuances e os recortes contemporâneos.
Estão no repertório as canções “Biruta” – Naldinho Freire e Lau Siqueira, “Surreal” - Naldinho Freire/ Kelcy Ferreira, Pretty Down – Mario Lucio, Trova de Madeira e Cordas – Naldinho Freire/ Ubirajara Almeida, entre outras, que estabelecem com seus fazedores e o público que também é partícipe do espetáculo.
O projeto de iluminação do concerto é da paraense Patrícia Gondim, com o cenário construído pelo VJ Lobo, de Belém do Pará e o figurino idealizado por Camila Honda(PA), Naldinho Freire e Na Figueredo(MG). “Construir conexões é a melhor forma de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, ainda que simbolicamente. A arte nos proporciona essa vivência. Minhas raízes têm um pouquinho de cada lugar, são base para o meu trabalho e me fazem sem chumbo nos pés” Naldinho Freire. |