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O ID em Tempos Difíceis. Por Rilton Primo*
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Qui, 19 de Maio de 2016 19:47

Rilton_Primo

Pessoa falava das almas da alma para quem lhe falava ingenuamente desta, que não sabe nunca que fazer de si, ou nós dela. Almas que existiram nele? Não! Descoberta feita no final do século XIX e estruturada como psicanálise ou psicologia profunda no século XX.

 

Isto explicou ao menos em parte muitas coisas até então irracionais, do ponto de vista do indivíduo, das neuroses obsessivo-compulsiva ao caudilhismo das classes altas latinas, passando pelo conformismo neurastênico, a propósito, de uma massa mundial crescente de jovens vazios, indiferentistas cercados de manipuladores e executivos. Ai dos infantes.

Em tempos difíceis para a razão, a alguns vale revisar noções do que não admitimos, aliás sobretudo neste caso, e está por trás do carente de sentido ou de bom sentido. As pessoas mais influenciadas pelo inconsciente são, por isto mesmo, as que têm a mais tosca ideia - de que ele atua como o pulmão. Seria mais compreensível se conhecessem os bronquíolos.

Elas não só ignoram o nome do inconsciente, o id = isto, nem imaginam que é impessoal porque não tem gênero (produto social) nem ego (consciência do eu) e porque é, ainda, desprovido de superego (sistema de valores históricos) - como toda energia livre natural.

Reagem como se o Id fosse cônscio, embora seu nome indique precisamente o contrário. Com medo (e às vezes com uma notada fobia, compreensível até certo ponto), de depositarem mesmo uma parte da dinamite de si mesmos nas mãos de outra pessoa, os tipos mais caricaturescos consideram-se incomparáveis. E quem não é como o estranho?

Os especialistas se acham vitoriosos observadores do oculto, aos outros, nos outros. Assente-se, em geral, que sim, que quem está observando o inconsciente alheio vê com mais clareza alguns aspectos de seu funcionamento, mesmo sem ser especialista, porém quem não se deixa levar, em algum grau, por transferências de si para a personalidade alheia e contratransferências dela a si? O mais é achismo e, se insistente, neurose sádica.

Os descaminhos da análise não param por aí, exceto que o horário da consulta acabe. A propósito, em um debate entre analistas alguns admitiram não se sentir suficientemente humildes com aplausos mútuos, até que alguém recusou-se a aplaudir para ser aplaudido.

* Consultor em Ciências Sociais Aplicadas do Centro de Estudios por la Amistad de Latinoamérica, Asia y África – CEALA.

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Última atualização em Qua, 01 de Junho de 2016 20:02
 

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