Chantagem e messianismo educacional. Instrumentalizam a ideia, através da profissionalização, em todos os graus, agora mesmo fazendo útil o néctar da juventude aos setores-meio mais improdutivos e parasitários, em dinamismo especulativo pervertendo à décima Veblen, Hilferding e Lênin. Bancários polidamente se queixando de banqueiros, porquanto a todos pode faltar o necessário, exceto o decoro, e o respeito às regras.

Sim, o "outsider" universitário é um conhecido integrado simbiótico, exemplo heroico de pacifista autocontrolado que ninguém consegue seguir impunemente. O resto fica desempregado, subempregado, calado, pacífico ou no presídio. Certíssimo Darcy. Nenhuma guerra civil vai nascer na Síbaris ilusória, não disse. Também aqui sua-se apenas de ver os operários da construção civil descarregarem os caminhões de cimento. Capitula-se diante de milícias.

Pareceu sempre o contrário, em verdade. Como diria Marx, ninguém exagera mais as suas forças que as utopias democráticas. Um bando de carneiros que se julgam leões e assim são considerados, mas por quem? Na primeira fila, pelos impotentes; na segunda, pelos apóstatas; na terceira, pelos trânsfugas, até o nono anel do inferno de Dante, onde estão os incensadores da tirania democrática, defecando ou disfarçando defecar versatilidades morais.

Educadores por todos os lados, por todas as causas e teorias e, por fim, educadores de quem, em média? Dos dóceis úteis.

As nações mentalmente colonizadas formam sobretudo espíritos rendidos, delatores de seus pares e neosicofantas, oportunistas vermelhos possessos de puritanismo disciplinar, radicais pérfidos de todas as cores, camaleões e pelegos dos embates, altos e doutos negociadores da paz entre os usurpadores e os usurpados, que inclusive não mais existem.

Sonham com sua legalidade perene. A sacralizam. Não querem ir para a Bastilha, muito menos para Guantánamo. E pouco ou nada mais. Sua apatia e aporia central: nos deixe passar que lhes ajudaremos a que todos lhe deixemos fazer. A ignorância foi enfeitiçada, a letra dourada. Hoje são sinônimos.

A quem caberá ver o Sol nascer quadrado sobre a ruptura violenta dos seus direitos fundamentais? Ele responde, com alguns títulos de sobejo debaixo dos braços, cheio de medo de ser confundido: aos que não foram bem-educados. Que diferença do premiado pesquisador Sacha diante do Czar, a quem reservara dinamites. Foi enforcado diante da mãe.

Pense em um Judas bem moderno. É um bom Darcy ou um excelente Cristóvão. Não enganam quase ninguém. Transitam da ala centro esquerda à centro direita conforme a conveniência histórica ou, a detalhe, no encalço do pêndulo da política de carceragem das vanguardas, da reanistia dos criminosos junto com os torturados e, amiúde, nas escaladas de patrulhamento microfísico mil vezes mais eficientes que a censura para perverter toda e qualquer esperança nos sistemas de ensino das nações rentistas com seus amarelos reformadores cheios de boas intenções. Judas coraria ao vê-los em sua megaoperação para o elevadíssimo respeito à opinião dos que promovem uma guerra cada vez mais aberta e física a qualquer opinião que viole a liberdade de dogmátizar e atoleimar as massas educadas, variação pedagógica do postulado da inviolabilidade da livre imprensa. A escola que nunca quis ter partido, para ser livre, agora está espantada pela ameaça de ser obrigada a não ter. Mais coerente que o partido da mordaça, mas não.

O renegado Kautsky ri-se lôbrego, estridente, em lúcidas espirais. 

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