A cada dia que passa as novas declarações e posições do presidente Bolsonaro vão esclarecendo melhor o que, efetivamente, representa o seu real pensamento e compromisso político.
Assim, a pretensão de nomear o próprio filho, para o “filet mignon” da embaixada dos Brasil nos EUA, que se efetiva a cada dia mais, aponta o que significa a “defesa da (própria) família” que ele tanto anunciava como parte fundamental do seu programa de governo. Do mesmo modo que o seu patriotismo, definido pelo uso do verde amarelo das camisas da CBF, um dos maiores símbolos da corrupção nos esportes em todo o mundo e que conta com um seu ex-presidente preso nos EUA. O Diário Oficial da União, desta segunda-feira, traz uma regulamentação que facilita a permanência dos médicos cubanos no Brasil, aqueles mesmos que, conforme o presidente, estavam juntos com os sem-terra preparando uma revolução para nos tornar uma nova Cuba, usando uma linguagem que nos remete aos tempos da Guerra Fria, nos idos de 64, em que o terror do “comunismo ateu” levava as senhoras católicas a se mobilizarem com os terços nas mãos servindo de pretexto para o golpe militar que o presidente tanto admira e defende. Tal decreto não indica nada mais do que a falência da política de substituição do programa “Mais Médicos” que por sinal deverá ser retomada com um novo nome, em breve. Na semana passada, com fortes repercussões nestas e nas próximas, a prisão de hackers envolvidos na invasão de equipamentos de quase um milhar de personalidades dos 3 poderes e de várias mostrar com se comportam as autoridades referendadas pela grande mídia, posto que um dos envolvidos, talvez o mais importante, sendo filiado ao partido Democratas (?), aparece com um pretendente a vender ao PT (?) as informações capturadas, que teriam sido vendidas a um site de jornalistas que as tem divulgado sistematicamente. Interessante que esse autor foi expulso daquele partido que hoje alega que ele nem era filiado (?). E por fim, vale o registro que o presidente continua desmontando toda a estrutura de participação da sociedade dos diversos conselhos e programas que ainda funcionam neste país, assim as vítimas da semana são a ANCINE e o INPE, instituições vitoriosas tanto na criação de um vitorioso programa de expansão do cinema nacional, o primeiro, como na produção de dados científicos sobre a Amazônia, reconhecidos internacionalmente, visto que os registros de crescimento desenfreado de sua devastação, especialmente nos últimos de governos golpistas e da declarada crítica, novamente do presidente, a “psicose ambientalista”, sinal claro de que viveremos uma nova época de devastação ecológica com apoio e/ou omissão governamental. 29072019. Sérgio Guerra. Licenciado, Mestre e Doutor em História Professor Adjunto da UNEB,.DCH1 Salvador. Conselheiro Estadual de Educação - BA. Colunista Político Semanal do Portal Mais Bahia. Presidente do Instituto Ze Olivio IZO Cronista do site "Memorias do Bar Quintal do Raso da Catarina". |