Hoje o Brasil está em primeiro lugar no mundo em número de novos casos de infecção e óbitos registrados oficialmente em 24 horas.

Não estamos considerando subnoticações ou manipulação, como no caso do prefeito pastor do Rio de Janeiro.

E o mais grave, diante da necropolitica bolsonarista, das pressões de empresários, do medo das eleições, prefeitos começam a flexibilizar o isolamento social.

Em Duque de Caxias, segunda cidade do Rio de Janeiro em número de óbitos, segunda-feira voltaram a funcionar o comércio, serviços e outras atividades. Filas nas portas das lojas, pessoas nas ruas, aglomerações.

E o prefeito declarou à imprensa que não pode perder R$ 100 milhões em arrecadação!

Talvez, calcule ele, que mortos não votam.

O que estamos vendo nesse momento é o reflexo do que representa estar na presidência um indivíduo como Bolsonaro.

Quando colocaram na presidência um indivíduo de personalidade perversa, sociopata, que antes das eleições já se declarava adepto da tortura e do assassinato de opositores, não se poderia esperar nada de diferente do que faz nesse momento de extrema gravidade no Brasil e no mundo.

E figuras como o prefeito de Duque de Caxias, e grande parte dos demais, não são diferentes do Bolsonaro.

Teremos 26 mil óbitos oficiais daqui algumas horas e mais de 400 mil pessoas infectadas.

Por todas elas, e por todas e todos que sofrem a dor das perdas, é que precisamos transformar nosso país urgentemente.

Se não era admissível a injustiça e a desigualdade de antes da pandemia, agora se escancara a impossibilidade de se ficar indiferente.

Estamos, muitos de nós, no isolamento social, nos protegendo e também aos outros. Não é fácil, muito pelo contrário. A sensação de impotência, de solidão, de quase ausência de futuro, nos atinge por horas ou dias.

Mas é preciso resistir.

Pois, quando pudermos ir às ruas teremos uma grande tarefa: derrotar aqueles que são os responsáveis pela dimensão trágica que a pandemia está atingindo em nosso país.

Por hora, temos que ter a disposição de ampliar as críticas e denúncias aos que trocam vidas por votos ou lucros. Ou que se omitem diante da necropolitica bolsonarista e seus seguidores.

Temos que defender intensamente nas redes sociais o SUS, seus profissionais, divulgar nas redes que é essencial garantir renda e assistência social aos que foram postos em situação de vulnerabilidade em nosso país.

E não deixar de dizer que basta de Bolsonaro, da sua quadrilha, de golpe, e que queremos eleições diretas já.

E que a dor que sentimos agora, se transforme em consciência de sua causa, e nos de energia para nos transformamos, e para transformar o que a causa, para nós e para todos os nossos iguais.

#Vidasimportam

#EmdefesadoSUS

#Fiquememcasa

#ForaBolsonaro

#Sóalutamudaavida

Walter Takemoto

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