Terminei essa coluna na semana passada, na qual tentei fazer um rápido inventário do ano passado, e em que só conseguimos listar coisas ruins, prometendo que nesta traríamos motivos para dar esperanças em 2021, apesar

Em primeiro lugar, um grande motivo de animação vem do fato de que a derrota de Trump não só representa o fim de um governo truculento, com também deixará órfãos os seus adoradores, o que pode significar um retrocesso na onda autoritária e neofascista, voltada para a desmoralização da política e das instituições que representam um mínimo de organicidade de nossa sociedade. Dizemos isto mesmo sabendo que o partido “Democrata” dos Estados Unidos da América, EUA, não representa nenhuma grande maravilha para todos aqueles que, como nós, sonham com um mundo mais justo, solidário e socialmente distributivo.

Em segundo lugar, vale lembrar que uma das maiores pandemias da história da humanidade, a COVID 19, caminha para ser domesticada por meio de várias vacinas que independente das besteiras que se disse sobre a sua origem e suas consequências, o que vem contribuído para demorar muito sua aplicação em boa parte do mundo. Por outro lado, a politização da sua distribuição e a disputa ridícula pela primazia de sua aplicação no Brasil, com o governo federal jogando contra e pelo atraso, enquanto o do Estado de São Paulo promete que a aplicará a partir do próximo dia 25, parece caminhar para uma efetiva campanha de
vacinação, mesmo contra as pressões do presidente.

E por fim, mais não menos importante, o fim do governo Trump, marcado
para o dia 20 próximo, salvo se uma nova tentativa de golpe obtiver
sucesso, o que a esta altura parece muito pouco provável devido ao
histórico de democracia dos EUA e a desmoralização que o atual
presidente acumula, mesmo dentro do seu partido, o que pode levar a
sua destruição total, mesmo antes do fim do seu mandato, isto
promoverá um maior e mais profundo isolamento do presidente do Brasil,
a esta altura já muito desmoralizado internacionalmente e, vale
lembrar com alegria, acaba de completar metade do seu mandato. E já
estamos em contagem regressiva.

10/01/2021.

Sérgio Guerra
Licenciado, Mestre e Doutor em História
Professor Adjunto da UNEB,.DCH1 Salvador.
Conselheiro Estadual de Educação - BA.
Colunista Político Semanal do Portal Mais Bahia.
Presidente do Instituto Ze Olivio IZO
Cronista do site "Memorias do Bar Quintal do Raso da Catarina".

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