A sensação de impunidade para os “criminosos de colarinho branco” recebeu um forte abalo, esta semana que findou com a prisão de duas personalidades emblemáticas na vida brasileira, pela extensão de seus crimes, pela sua relevância política e impunidade que aparecia como uma afronta, quase que direta a todos nós, cidadãos de bem. Deste modo, a prisão do presidente do PTB nacional, o famigerado ex-deputado Roberto Jeferson e da pastora e ex-deputada federal, Flordelis, responsável pelo assassinato de seu marido e também pastor, em junho de 2019, em Niterói.

Por outro lado, as mais altas cortes de justiça do Brasil resolveram começar a agir para barrar o péssimo costume de algumas autoridades, a começar pelo presidente e famiglia, de ameaçar de cassação e morte, além de agredir verbalmente e xingar as personalidades cujo comportamento profissional lhes parecem ofensivos às suas práticas pouco responsáveis. Deste modo, o presidente Bolsonero acumula inquéritos e processos no Supremo Tribunal Federal, STF, e Tribunal Superior Eleitoral, TSE, o que em última análise pode concorrer para novos processos de impeachment, que devem se somar aos mais de uma centena que dormem nas gavetas da presidência da Câmara, alguns há vários anos.

Assim, ao invés de ficar em um eterno e infrutífero bate-boca com o presidente, diga-se de passagem, um especialista em dizer e negar que disse, os membros das mais altas cortes da justiça brasileira, resolveram partir para a abertura de inquéritos e processos dirigidos a Bolsonero para que ele explique, finalmente, as razões de suas agressões, na maioria, quase totalidade, das vezes, apenas irresponsáveis e inconsequentes. Embora não acreditemos que este novo comportamento resulte em consequências mais graves, não podemos deixar de esperar que a justiça, finalmente, chegue ao fim desses atos e, quiçá, resulte em soluções definitivas.

Enquanto isso, a celeuma das vacinas e sua confusa distribuição, provoca novas ações de vários estados e cidades, pretendendo que seus critérios sejam públicos e transparentes, posto que o seu andamento, se ele fosse atendido e cumprido, haveria uma uniformidade, quase que absoluta, das fixas etárias alcançadas ao invés da anarquia que se observa, quando alguns já se encontram vacinando os jovens menores de 18 anos, enquanto outros ainda se encontram nas faixas superiores, até aos 30 anos. Enfim, esperemos que os critérios se tornem mais objetivos e transparentes, como deveriam ser desde sempre.

15/08/2021.

Sérgio Guerra.

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