UFA! ATÉ QUE FIM! E QUANDO SERÁ O PRÓXIMO? Estas exclamações nos vem à mente ao pensar no dia 7 de setembro, próximo passado, prenhe de ameaças a democracia, as instituições da República e, muito especialmente, as autoridades do poder Judiciário, expressos no Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsabilizados pelos processos das “fake news” que atingem a famiglia Bolsonero e do voto em urna eletrônica, que apesar de celebrado como uma evolução em segurança e controle, em todo  o mundo, aparecem ao reacionário presidente como passível de fraudes, ainda que não tenha apresentado nenhum fato concreto sobre esta possibilidade.

Como já tínhamos previsto dentre as várias possibilidades para acontecer no “dia do golpe” várias situações, inclusive nada. Felizmente não aconteceu nada, ainda que a simples ameaça pública de uma mudança inconstitucional e violenta das leis do país devem ser consideradas como “crime de responsabilidade”, portanto, passível de um processo de impeachment contra o(s) seu(s) autor(es), a começar pelo presidente da república, o seu principal ameaçador, divulgador e (ir)responsável, além de outros seus fiéis seguidores nos caminhos da irresponsabilidade.Entretanto, não devemos nos entusiasmar com o redundante fracasso na “convocação golpista” do presidente, em que  poucos milhares substituíram os pretendidos milhões de apoiadores, tanto em Brasília, como em São Paulo, o que o levou depois do “porre produtor dos insultos e das bravatas lançadas” ao vento, a pedir arrego ao ex-presidente, também golpista Temer, que foi desenterrado e produziu uma carta/manifesto com intenções envergonhadas de desculpas, o popular “PPU”, que Bolsonero, publicou  como se fosse sua, sendo prontamente desmentido pelo ex que não ia  perder a oportunidade de voltar, gloriosamente, ao centro do palco.

Enfim, ainda que o recuo covarde dos golpistas, deixando os seus seguidores de mídia decepcionados, furiosos e revoltados, possa nos parecer, a princípio, animador, não nos esqueçamos que o golpismo, bem como a ditadura compõem a estrutura do comportamento do presidente, e que, infelizmente, ainda muito em breve, devermos nos deparar com novas tentativas semelhantes, especialmente, se ele contar com o apoio de policiais militares e militares irresponsáveis. E quem sabe se o dia 15 de novembro não será a nova data para novas manifestações golpistas? Só tempo nos dirá! 

 12/09/2021.
Sérgio Guerra.

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