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Domingueiras CCCLXV. Por Sérgio Guerra
Dom, 16 de Janeiro de 2022 17:13

Sergio_Guerra2A presente “Pandemia do Coronavírus”, para desencanto dos apressadinhos, otimistas e precipitados, continua com suas idas e vindas, pois se, por um lado, aumentam os mecanismos de

 
Domingueiras CCCLXIV. O desmonte do governo Bolsonero
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Sergio_Guerra2A dura Carta do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, em resposta as aleivosias lançadas pelo presidente Bolsonero contra os técnicos deste órgão, que liberaram

 
Assange, voz da liberdade. Por Emiliano José
Dom, 09 de Janeiro de 2022 21:36

Emiliano_JoseJulian Paul Assange parece um enigma para esses tempos. Desde a revelação dos documentos sigilosos do governo dos EUA, em 2010, aparece assim para o mundo. A formulação liberal sobre as liberdades, de modo especial a chamada liberdade de expressão, não se aplica no caso dele.

 
Domingueiras CCCLXIII. Por Sérgio Guerra
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Sergio_Guerra2Apesar de profissional da História, não sou muito chegado as datas redondas, como as do fim do ano, por exemplo, talvez por ver o tempo histórico como processo e não como datas com início, meio e fim.

 
A vida e a morte ou civilização e barbárie. Por Juca Ferreira
Seg, 03 de Janeiro de 2022 20:05

Juca-Ferreira2Alexandra Elbakyan, fundadora do Sci-Hub, tem disponibilizado na Internet mais de 62 milhões de artigos grátis à disposição dos pesquisadores.

 
Fala de Marieta no "Altas Horas" relembra veto da Globo a Chico Buarque. Por Mauricio Stycer
Seg, 27 de Dezembro de 2021 02:31

mauricio-stycerUm dos destaques do "Altas Horas" neste sábado (25) foi a participação de Marieta Severo. Em uma fala que repercutiu bastante, pela alusão aos dias atuais, a atriz lembrou os tempos da ditadura militar (1964-1985), um "período tenebroso, que alguns aí clamam de volta".

 
Chega de Saudade. Por Luís Antonio Cajazeira Ramos
Dom, 26 de Dezembro de 2021 16:23

Luis_Antonio_CajazeiraRecentemente as redes sociais resgataram um artigo de Paulo Brondi, promotor de justiça em Goiás, publicado em 2020, no qual ele apresenta, com qualificativos fortes, sua opinião sobre esse

 
Domingueiras CCCLXII. Por Sérgio Guerra
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Sergio_Guerra2O governo Bolsonero continua, em sua política negacionista. a procrastinar a adoção do processo de vacinação de crianças depois de ter adiado o mais que pode esta necessidade entre os idosos e

 
O Natal de Valente Por Zuggi Almeida
Sáb, 25 de Dezembro de 2021 15:58

zuggi_almeidaAssis Valente, compositor baiano gestado com dendê no caldeirão musical de Santo Amaro  sinalizou há décadas a ausência do Papai Noel em lares mais humildes do Brasil.

Última atualização em Dom, 26 de Dezembro de 2021 16:06
 
Domingueiras CCCLXI. Por Sérgio Guerra
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Sergio_Guerra2Fica cada vez mais explicita a posição “negacionista” do governo Bolsonero, na medida em que se se coloca sempre contra quaisquer medidas que vise proteger a nossa população, e assim evitar um

Última atualização em Dom, 26 de Dezembro de 2021 16:18
 
Dona Odete. Por Zuggi Almeida
Seg, 20 de Dezembro de 2021 00:06

zuggi_almeidaEra uma casa portuguesa com certeza, nos detalhes da decoração e na fartura da mesa em maioria das famílias cristãs lusitanas. 

A sexagenária Odete Salazar Pimentel  exercia o poder absoluto no comando do seu clã, sendo respeitada ao extremo pelo marido, o doutor Brandão.Dona Odete era o terror das noras e a candura quando o assunto era netos. A dedicação pelos pimpolhos fazia contraponto à imagem que transmitia de ser megera.

Além da família, Dona Odete tinha uma veneração intensa por  Nossa Senhora de Fátima. 

Odete Salazar era a tesoureira das finanças da paróquia e cumpria com afinco as determinações do cargo. A reforma completa das instalações da igreja, a compra de bancos novos e um moderno sistema de som foram algumas das realizações da devota portuguesa. Era respeitada por todos os paroquianos e despertava um certo temor ao jovem padre Gaspar por conta de interferir  na liturgia das celebrações.

A decoração do altar da santa, a arrumação do púlpito, a escolha dos coroinhas, a programação das cerimônias de batismo e casamento, tudo funcionava sobre a batuta de Dona Odete.

A igreja na região central de Salvador era uma espécie de extensão  da casa da portuguesa.

As festividades em dezembro na Bahia iniciam-se com os adeptos do candomblé celebrando Iansã, rainha do raios que  adora ser agraciada com pratos à base de azeite de dendê. Comida quente como gostam os filhos de Oyá, geralmente irreverentes e de pavio curto.

Maria do Rosário, moradora da Curva Grande, no bairro do Garcia, uma filha de Oyá  procurou a igreja da Senhora de Fátima para acertar o batismo da neta recém-nascido, justo no momento que Dona Odete entrava no salão paroquial. 

Ao ver aquela mulher negra com um torço vistoso sobre a cabeça e exibindo um colar de contas vermelhas e brancas ornando o colo farto, logo, perguntou para uma voluntária da paróquia:
- O que essa senhora veio fazer em nossa igreja?

A moça respondeu: - Ela é minha vizinha. O nome dela é Maria do Rosário. Ela é ialorixá e veio  acertar o batizado da netinha  que nasceu no mês passado !Sem dirigir-se à Maria do Rosário, Dona Odete advertiu a moça, determinando:

- Você sabe que  falei pro padre Gaspar que aqui não celebramos nada pra esse “povo de candomblé” ? Mande essa senhora procurar outra igreja onde o padre celebra missas tocando atabaques, aqui na minha igreja, não!

E saiu rápido como chegou.

A filha de Iansã ouviu a advertência  demonstrando  indignação no seu olhar. Dona Maria agradeceu pelo atendimento e foi embora.

Era noite de Natal e mais uma vez a família Pimentel estava reunida. Dessa vez vieram parentes  de Lisboa para conhecer a chegada do Ano Novo nas praias de Salvador. A imensa mesa exibia o indefectível peru natalino, o tradicional bacalhau à Gomes de Sá,  bolinhos de chuva, doces e frutas cristalizadas,também, vinhos e a imensa garrafa de espumante.

O espírito natalino pairava no ar, Dona Odete após finalizar os preparativos da ceia retirou-se para o quarto para vestir-se para celebração. Uma das filhas demonstrou preocupação com a demora da mãe e decidiu ir até o quarto, quando a matriarca surgiu na porta.

A aparição causou espanto geral na figura daquela mulher num vestido de lamê vermelho já reduzido nas medidas fartas da portuguesa. Um brilhante batom vermelho delineiava os lábios, o decote generoso estava disfarçado por colares dourados iguais aos brincos. O cabelo estava preso num coque.

Sem emitir qualquer palavra, Dona Odete ocupa a cabeceira da mesa, Seu Brandão ficado ai lado da mulher  evitando fazer perguntas e todos ocupam seus devidos lugares. Diante ao adiantado da hora, um dos filhos pega a garrafa da champnge e trata de abrir para fazer o brinde natalino. Ao espoucar da garrafa, uma gargalhada metálica explode pela sala.
A matriarca toma a garrafa da mão do filho e bebe três goles seguidos da bebida. A família Salazar fica espantada  diante do comportamento inesperado de Dona Odete.

A entidade recém-chegada anuncia:

“ Ah! Vocês estavam reclamando que eu estava demorando, pois eu estou aqui !”

A mulher olha em direção ao filho mais novo e diz:

“ Seu moço de camisa azul dê um abraço nesse moço seu irmão do lado” e aponta o sobrinho Ricardo que não entende.

A entidade volta-se para mãe de Ricardo e complementa:

“ O pai do seu filho que você disse que foi embora pro estrangeiro quando o menino nasceu está aqui nessa sala ".

Seu Brandão é acometido por uma comprometedora crise de tosse nervosa.

A família é abalada pelo terremoto de revelações que se seguem através daquela presença até então desconhecida.

Num determinado momento, a Padilha chama um menino que está próximo à mesa e o garoto aproxima-se receioso

Ao colocar a mão sobre a cabeça da criança, volta-se para uma das noras e vaticina:

“ Pegue esse moço e entregue pro velho, porque é filho dele e deve ser cuidado por ele”

O pequeno Antônio sempre acometido por crises epiléticas era um dos sofrimentos da família nas idas e vindas às emergências dos hospitais.

Após abrir a caixa de Pandora da família Salazar, a entidade afasta-se da mesa e vai em direção à varanda.

Solta uma gargalhada e a Maria Padilha sai pela noite natalina à fora.

Odete Salazar Pimentel retorna lívida para a sala de jantar e reúne-se com a família..

O sino da igreja de Nossa Senhora de Fatima anuncia meia-noite.
Ela exclama:

- Meu Deus, que hora é essa? A  missa do Galo já está começando e eu ainda estou por aqui !


Zuggi Almeida é baiano, escritor e roteirista.

Última atualização em Dom, 20 de Fevereiro de 2022 04:33
 
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