A Universidade Federal da Bahia abre nesta segunda-feira, dia 16 de outubro, às 15 horas, na Reitoria (Canela), o  Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão da UFBA, que será também um ato em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade. Estarão presentes representantes de movimentos sociais, de entidades da comunidade universitária, parlamentares e reitores de instituições federais de ensino superior, reforçando o caráter político que marca não apenas o primeiro dia, como todo o Congresso. O lançamento oficial do Fórum Social Mundial, que será realizado na UFBA de 13 a 17 de março de 2018, também integra a programação, assim como o lançamento do “tesourômetro”, painel eletrônico que denuncia, em tempo real, o impacto dos cortes na pesquisa e educação desde 2015.

“Será um grande ato em defesa da universidade pública, com várias falas e intervenções”, observa o reitor João Carlos Salles. O reitor afirma que o Congresso, além de expor a excelência da pesquisa na universidade, será também um espaço de diálogo sobre questões essenciais ao rumo da educação superior no país.

Salles destaca a presença dos reitores das instituições de ensino superior do país na abertura e durante todo o evento. Segundo ele, “a preocupação em relação ao orçamento das universidades para 2018 e ao risco de redução da autonomia das universidades estão entre as pautas centrais do encontro de reitores”, que se reunirão durante o Seminário “Estado Policial ou Estado Democrático de Direito: Que Brasil estamos construindo?” , na terça-feira, 17, de 14h às 18h; e também em sessão ordinária da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), no dia 18, de 9h às 17h.”. Ambos os encontros serão realizados na Biblioteca Universitária de Saúde (BUS), localizada no Campus Universitário Canela.

A abertura do Congresso contará também com o lançamento oficial do Fórum Social Mundial, prevista para as 16h. Com o lema “Resistir é criar, resistir para transformar”, o Fórum irá unir movimentos sociais de todos os continentes com o objetivo de elaborar alternativas para uma transformação social global.

Paulo Lima, assessor especial do reitor e coordenador executivo do evento, afirma que a participação dos reitores e o lançamento do Fórum Social Mundial projetam o Congresso para um nível nacional e internacional. O ato em defesa da universidade pública, em sua opinião, “aumenta a consciência da comunidade interna e externa acerca dos problemas que estão pela frente”.

Integrando a programação de abertura, a instalação do “tesourômetro” faz parte da campanha nacional “conhecimento sem cortes”. O painel busca denunciar a redução drástica do orçamento para pesquisa e educação, que se revela o mais baixo dos últimos 12 anos. A campanha conta também com uma petição online, que já registra mais de 80 mil assinaturas. O Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub), o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Universidades Públicas Federais no Estado da Bahia (Assufba) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFBA coordenam a ação.

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