Zivé Giudice esclarece sua saída do cargo de direitor do Museu de Arte Moderna da Bahia |
Qua, 24 de Agosto de 2016 12:24 |
Hoje vi um depoimento que não corresponde à verdade, do Secretário de Cultura. Prometi que não me pronunciaria, tenho resistido aos muitos pedidos para que fale. Pois bem: Todas as manifestações de apreço e apoio à minha gestão no MAM, me dá muita alegria, mais que isso; legitimam o modo como conduzia aquele lugar. Sempre que me pronunciei publicamente sobre o MAM, o fiz destacando a cooperação daqueles artista por mim convidados a pensarmos juntos como ressignificariamos o MAM, e aos amigos que ajudaram a bancar tudo que aconteceu naquele lugar. Mas, todas essas manifestações e indignações, me inflam o ego,me fixa feliz, mas, não servirão pra nada,sabem por que? Porque está lá, consolidado, o lugar dos medíocres, pusilânimes. Essa gente apaniguada por tantos outros iguais e com interesses que não dizem respeito ao lugar da cultura, menos ainda ao lugar da ARTE.
Nos nove meses que estive à frente do MAM, convivi com um sabotador que dirige o IPAC;nunca tive um centavo liberado para as ações culturais, nenhum centavo.Todas as atividades bancadas pelos artistas, amigos e por mim. Convivi com um secretário que me tratava com carinho, porém omisso, não obstante saber da ação deliberada do IPAC em inviabilizar o MAM, nada fez. Nos meus despachos com o Sr. Secretário, a mesma cantilena de sempre. Sempre falei com veemência, era contundente nas críticas, aliás, como devem ser aqueles que ocupam cargos públicos; cortezes, civilizados, republicanos, mas, decisivos. O secretário não o era, nunca o foi. Não deve ter força política além de não ter musculatura, estofo, para o cargo. Vêjo-o dizendo agora num jornal, que esse episódio foi um exagero e que tudo se resolveria com diálogo. Que dialógo? Qual diálogo? Ora, lhe demandava o tempo todo lhe informando dos gestos grosseiros e inapropriados da direção do IPAC. Nesse episódio, pedi-lhe que me ligasse pelo amor de Deus, precisava falar-lhe seriamente. Me ligou. Lhe disse da minha indignação com um documento que o IPAC havia divulgado e que aquilo era uma tentativa de achincalhamento com as regras e disciplina do MAM, bem como com a minha autoridade de diretor zeloso.Não fez nada. Nada. Deu legitimidade ao documento do IPAC. E o que dizia o documento do IPAC? Baboseiras, lugares comuns. Recomendando ao MAM , abrir-se para o convívio de outras linguagens; ignorante, não sabe a quantas andávamos no MAM. Querem saber, se por algum infortúnio fosse igual eles, também demitiria Zivé Giudice e sabem por quê? Porque Zivé é intransigente, conhece o objeto ao qual foi chamado para cuidar, articulado, artista, agregador e isso é perigoso, agregar pode gerar insurreição e virem em direção a nós, nos questionarão, nos ameaçarão. Arrombarão a porta do nosso refúgio. FORA ZIVÉ. |
Última atualização em Qua, 24 de Agosto de 2016 12:40 |
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