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Menelaw Sete é personagem central de filme do francês Pierre Meynadier
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Ter, 19 de Março de 2019 21:51

MenelauSeteNo dia 28 de março (quinta-feira), às 19h, a Aliança Francesa Salvador recebe a estreia do filme “A Origem – A lenda do nascimento do Brasil moderno”, do premiado diretor documentarista francês Pierre Meynadier. A obra documenta uma ficção, em torno do artista soteropolitano Menelaw Sete, considerado o “Picasso brasileiro” pela crítica internacional. Ele conta, pintando, um sonho que teve e que lembra a lenda do nascimento do Brasil, no cenário onde ela teria podido acontecer – o Recôncavo Baiano.

Uma jovem indígena, sobrevivente de uma tribo dizimada, encontra um jovem africano, fugido das plantações, às margens do Rio Paraguaçu, surgindo o amor que simboliza o grande cruzamento que escreveu a construção do país. A sessão première, gratuita, será seguida de bate-papo com o elenco e o diretor, bem como coquetel e visita à exposição com peças criadas durante a produção do longa-metragem.

Conhecido por viajar pelo mundo para investigar histórias humanitárias e naturais, Pierre Meynadier é autor e diretor de dezenas de documentários, feitos de Cuba à Tunísia, da Albânia à Argentina, da China ao Uruguai, do Afeganistão à própria França, entre muitos outros países. No Brasil, já realizou cerca de 15 produções, que, como toda sua filmografia, em geral relacionam o homem ao meio ambiente, favorecendo histórias otimistas que destacam bons exemplos e tentando decifrar a influência da natureza sobre o destino da humanidade.

“A vida, uma obra de arte e um filme têm em comum o fato de que não sabemos nada sobre sua origem. Eles nascem da improbabilidade e só existem graças à importância que lhes é dada. ‘A Origem’ reúne os três: o nascimento de um povo – o do Brasil moderno –, de uma coleção que será um marco na rica história da arte contemporânea e de um filme que não sabemos mais se é a ilustração dessas histórias ou se é ele mesmo o genitor”, avalia Pierre Meynadier.

Em “A Origem”, entre imagens que recriam a narrativa ficcional, com um elenco de representatividade efetiva – indígenas e negros interpretam os personagens, tendo a índia Anahi e Mountaga Bayo como atores principais –, a realidade se desenrola enquanto Menelaw conhece Dona Cadu, mestra da cerâmica tradicional, que, aos 99 anos, é tida como a mais antiga ceramista em atividade. Nascida em São Felix e há muitos anos moradora do distrito de Coqueiros, em Maragojipe, Ricardina Pereira da Silva, seu nome de registro, dá vida a panelas, pratos e outros utensílios, diariamente, desde os seus 10 anos de idade, tendo forte vínculo com sua ancestralidade. Juntos, eles criam uma coleção de grande valor artístico e antropológico, moldadas do barro em técnica milenar por Cadu, de origem indígena, e coloridas por Menelaw, afrodescendente. Foram 212 peças pintadas durante as gravações. São estas obras que, numa seleção especial, compõem a exposição montada para a estreia.

O filme, assim, é uma reverência aos povos originários de um Brasil que, cada vez mais, precisa reconhecer os verdadeiros protagonistas de sua própria história. Visibilizar essas pessoas, seus descendentes e legado é um dos propósitos do documentário.

Comprometida em promover o diálogo e a compreensão mútua entre pessoas e nações, a Aliança Francesa abraça este lançamento com vigor, diante do cruzamento de culturas e da colaboração essencial entre agentes da França e do Brasil. Associação sem fins lucrativos que, desde 1883, divulga a língua e a cultura francesas, está hoje presente em 138 países nos cinco continentes, com mais de 1,3 mil estabelecimentos, com apoio do Ministério de Relações Exteriores Francês. A Aliança Francesa Salvador, desde 1973, atua na capital baiana, articulando experiências relevantes para a comunidade local e suas relações globais.

Após a estreia em Salvador, “A Origem”, uma produção financiada sem patrocínios públicos ou privados, já tem agenda paralançamento em Paris, também acompanhada da exposição, no mês de junho, na Maison de l’Amérique Latine.

ENREDO – Baía de Todos os Santos. Um dos numerosos tesouros que a natureza concedeu ao Brasil. Formando a boca do Rio Paraguaçu, ela penetra as terras em águas misturadas por verdes e azul turquesa, manguezais e areia branca. Mas este paraíso foi um inferno. Desde o século 17, ressoou com o lamento dos jovens pretos que os navios provindos da África escoltaram até os campos gigantescos de cana e o massacre dos indígenas pelos colonos portugueses. O artista baiano Menelaw Sete, cujos antepassados foram escravizados, tem um trabalho cheio desta história e do rastro indelével que ela deixou na Bahia. Um dia bem longe do século passado, ele deixa seu ateliê para, no cenário onde ele teria podido acontecer, contar sobre o encontro de uma jovem indígena e um jovem africano, nas margens do Rio Paraguaçu. Ele tinha fugido das plantações e ela era a última sobrevivente da sua tribo dizimada. O amor que nasce entre estas duas vítimas simboliza o nascimento do grande cruzamento que acompanhou a construção do Brasil. Pelas viagens de ida e volta entre o passado e o presente, o filme livra os segredos da história do país e retrata o dia a dia de descendentes destes dois povos oprimidos, nos quilombos e nas aldeias que lhes restaram. Numa aldeia perdida no meio de paisagens lindíssimas, Menelaw Sete conhece Dona Cadu, descendente indígena de 99 anos que pratica a arte milenar da cerâmica tradicional. A história se repete. Uma paixão espiritual se instala entre ambos artistas e desta união nasce uma coleção de grande beleza, quando Menelaw Sete pinta nas peças de Dona Cadu a história improvável do encontro destes povos.

SINOPSE – O artista baiano Menelaw Sete conta uma lenda do nascimento do Brasil, no cenário onde ela teria podido acontecer – o Recôncavo Baiano. Uma jovem indígena encontra um jovem africano, surgindo o amor que simboliza o grande cruzamento construiu o país. Enquanto relata, Menelaw conhece a mestra ceramista Dona Cadu e cria com ela uma coleção de peças de arte.

SERVIÇO

Estreia do filme: “A Origem – A lenda do nascimento do Brasil moderno”

De Pierre Meynadier (FR)

Elenco: Menelaw Sete, Dona Cadu, Anahi e Mountaga Bayo

Documentário de criação | Português | 52 minutos | Classificação indicativa: Livre

Quando: 28 de março de 2019 (quinta-feira)

19h: Exibição do filme

20h: Bate-papo com elenco e diretor, mediado por Mamadou Gaye (diretor da Aliança Francesa Salvador)

21h: Abertura da exposição e coquetel

Onde: Teatro Molière da Aliança Francesa Salvador

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Lotação: 122 pessoas

http://bit.ly/aorigemfilme

Aliança Francesa Salvador

Av. Sete de Setembro, 401 – Ladeira da Barra

Site: www.afbahia.com.br

Facebook: www.facebook.com/AliancaFrancesaSalvador

Instagram: www.instagram.com/afsalvador

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