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Baiano Assis Valente é tema de musical que revela magnitude de sua obra
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Sex, 12 de Julho de 2019 00:41

AssisNoFezBobagem_FOTO_DiogoAndradeCarmem Miranda gravou mais de 20 músicas dele, os Novos Baianos encantaram o país com “Brasil Pandeiro”, de sua autoria, e com certeza a maioria dos adultos de hoje cresceram ouvindo as canções “Boas Festas” (Eu pensei que todo mundo fosse filho de Papai Noel...) e “Cai Cai Balão”, duas das suas obras mais executadas. Isso explica porque o baiano Assis Valente (1911–1958), apesar de pouco conhecido, ocupa lugar de destaque na música popular brasileira e foi o escolhido para estrear o projeto “Nossa Gente”, que tem estreia neste fim de semana, em Santo Amaro - cidade natal do artista - com merecido musical em sua homenagem.

Nossa Gente – Assis não fez Bobagem” faz sessão dupla em Santo Amaro, no Teatro Dona Canô, nesta sexta-feira (12) e sábado (13). Em seguida, chega a Salvador com sessão única quarta-feira (17), no Teatro Sesc Pelourinho. Todas as apresentações são gratuitas e começam às 19h30.

A temporada de espetáculos tem realização da R.Ventura Comunicação e conta com patrocínio da Companhia de Gás da Bahia - Bahiagás e do Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda. Idealizado pela cantora e compositora Fá Ribeiro, o musical tem direção teatral de Eddie Marques, direção artística de Maria Antonia Bandeira e direção musical de Lula Gazineu.

No palco, as cenas giram em torno da vida e a obra de um artista pouco conhecido em relação à magnitude da sua obra, um homem de múltiplos talentos, que tinha a música como sua grande paixão e que viveu muitos dilemas existenciais, o que o levou ao suicídio com apenas 46 anos, quando já vivia no Rio de Janeiro. Sua partida para o Rio veio do sonho de morar na “cidade maravilhosa”, onde se sustentou por um tempo fazendo desenhos para as revistas Shimmy e Fon-Fon e, depois, como protético. Com incentivo do compositor, cantor e pintor Heitor dos Prazeres (1898-1966), passou a reconhecer seu dom na escrita e assim se iniciou como compositor.

Negro, nordestino e artista, Assis Valente enfrentou opressão e preconceitos, inclusive dentro da família, mas nunca desistiu de sua carreira musical. Usou de sua persistência para chegar até Carmem Miranda – por quem nutriu uma admiração interpretada até como uma grande paixão – e fez da alegria uma arma para lidar com seus conflitos internos e com sua tendência à autodepreciação. Mesmo tendo sempre um sorriso no rosto – o que era sua marca -, Assis trouxe temas sociais, como o racismo, para suas canções, e tentou suicídio duas vezes antes da terceira investida que o levou à morte.

“Ele utilizava de uma ironia incomparável para escrever suas canções, era muito brincalhão e usava o linguajar do povo. Também retratava com maestria o cotidiano da época, marcada pela valorização de produtos importados e termos estrangeiros. Exemplos de sátira à pequena burguesia que começava a adotar costumes e chavões norte-americanos são as canções Good bye Boy, que foi gravada com sucesso por Carmem Miranda, e Tem Francesa no Morro, que ficou famosa na voz de Aracy Cortes”, conta Fá Ribeiro, idealizadora do espetáculo.

EM CENA - O musical “Nossa Gente – Assis Não fez Bobagem” traz à cena 16 canções de Assis Valente executadas ao vivo por uma banda que permanece no palco durante todo o espetáculo, que dura 1h20. O fio condutor do roteiro é uma conversa entre o compositor e a sua consciência após a morte, que por vezes sugere um diálogo entre ele e um anjo da morte, trazendo à tona suas memórias, passagens de sua vida, pessoas que dela fizeram parte, sendo cada situação um convite para a execução de uma de suas músicas.

“A escolha das canções deixa clara a diversidade de sentimentos presente nas músicas de Assis, os altos e baixos de sua vida, a sua alegria e também a sua melancolia, e elas ganham interpretação e arranjos compatíveis com o momento em que aquela obra foi composta. Trechos das canções também são usados no próprio diálogo que alinhava o espetáculo, de forma que a direção teatral e a musical estão em total interação”, realça o diretor musical do espetáculo, Lula Gazineu.

“A ordem cronológica da vida de Assis foi invertida no espetáculo, sendo a morte dele a cena inicial, no intuito de propor uma retrospectiva de sua vida, encenada por dois atores que interpretam o compositor, um que dialoga com o Anjo da Morte, outro que protagoniza as lembranças dele, e toda a conversa caminha no sentido de afirmar: Olha aí Assis o quanto a sua vida valeu a pena”, conta o diretor teatral Eddie Marques.

Ao todo seis cantores dão voz às músicas, sendo um deles o ator e cantor Pedro de Rosa Morais, que interpreta Assis nas suas lembranças. Também dá vida a Assis o ator Everton Rocha, que dialoga com o Anjo da Morte, por sua vez interpretado pela atriz Maria Antônia Bandeira, também diretora artística do musical. Fá Ribeiro assina a concepção do projeto e também atua como cantora e roteirista musical e teatral. A sapateadora e bailarina Raquel Cavalcanti assina as coreografias.  (Ficha Técnica completa ABAIXO).

FICHA TÉCNICA:

ROTEIRO ORIGINAL / DIREÇÃO GERAL

Fá Ribeiro

DIREÇÃO MUSICAL

Lula Gazineu

DIREÇÃO TEATRAL

Eddie Marques

DIREÇÃO COREOGRÁFICA

Rachel Cavalcanti

DIREÇÃO ARTÍSTICA

Maria Antônia Bandeira

ELENCO:

CANTORES

Éder Kinzkowski

Fá Ribeiro

Márcia Régia

Rita Tavarez

 

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL:

Lia Gomes

ATORES

Everton Rocha

Maria Antônia Bandeira

Pedro de Rosa Morais

MÚSICOS:

Bira Monteiro

Ivan Bastos

Lula Gazineu

Nilton Azevedo

Ricardo Carvalho

MAQUIAGEM: Déo Carvalho

FIGURINISTA: Carlos Nunes

BAILARINOS:

Shelei Assunção

Michele Pinheiro

Roberto Gomes

JP Cavalcanti

SONORIZAÇÃO

Caji

ILUMINAÇÃO

Geovane Nascimento


DESIGN GRÁFICO

Lado B

ILUSTRAÇÃO

Elano Passos

FOTOGRAFIAS:

Diogo Andrade


COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO

Carla Gatis

COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO

Rafaela Ventura

FONTE DE PESQUISA:

Pimentel, J. Assis Valente.

Coleção Gente Da Bahia.

Assembléia Legislativa Da Bahia:

2013.

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