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O que há entre a Literatura Negra, o Recôncavo da Bahia, o Caribe colombiano e as bibliotecas ?
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Ter, 20 de Abril de 2021 06:54

O_que_h_entre_a_Literatura_NegraA Bahia e o Caribe colombiano, notadamente o departamento de Bolívar, têm marcas históricas que enlaçam os dois territórios às rotas da escravidão negra nas Américas. Cachoeira, Salvador, (Brasil) e Cartagena das Índias (Colômbia) são portos para entrada de filosofias, artes e culturas assentadas pelos negros escravizados levados às duas cidades Heroicas da América Hispânica e Brasil para nutrir forçosamente as economias glocais da época.

As histórias de lutas, forças e sabedorias dos distintos povos africanos nas Américas expressam riquezas e dores dessa presença que singiram uma complexa escrita literária, tecida por corpos invisibilizados e silenciados. A Portuário não poderia ser indiferente às dimensões históricas que tingem a trans’modernidade e os des(a)fios do livro e da leitura em contextos de Nuestra América, em particular os da Bahia e do Caribe colombiano.

Com propósito de difundir a literatura negra produzida na Bahia, a Portuário Atelier Editorial, editora colaborativa sediada em Cachoeira, Recôncavo da Bahia, apresentará no dia 23 de abril, dia internacional do livro e do direito do autor, a sua nova produção: A Coleção Tinta Preta. Um projeto editorial de intercâmbio lítero-cultural vinculado à educação e ao estímulo da leitura como prática social, que homenageará dois poetas negros de Nuestra América: o soteropolitano José Carlos Limeira e o poeta negro colombiano, cartagenero, Pedro Blás Julio Romero.

Composta por quatro volumes divididos em dois títulos: Literatura Negra, Viva e Literatura Negra, Presente (in memoriam), ambos com um número dedicado à poesia e outro à prosa. A coleção publicará 40 escritoras negras e 40 escritores negros em uma edição bilíngues (português/espanhol) com distribuição gratuita para Bibliotecas Públicas, Escolares, Comunitárias e Universitárias da Bahia e de Bolívar, estado colombiano cuja capital é a Heroica Cartagena de las Índias.

A curadoria das antologias ficou a cargo do poeta e performer, Alex Simôes, de Deisiane Barbosa, poeta e artista visual, da poeta e Professora de Literatura da Uneb, Dr. Lílian Almeida e do escritor e Professor de Literatura da UFBa, Dr. Henrique Freitas. A tradução para o espanhol será do poeta e escritor colombiano Júlio César Bustos Rodriguez.

“A ousadia da proposta evoca um voz ancestral que habita nossa presença nas Américas, no Recôncavo da Bahia, em Cachoeira. A realização de um projeto editorial abrangente como este, só é possível com a intervenção financeira do estado.” Afirma João Vanderlei de Moraes Filho, editor da Coleção Tinta Preta e ceo da Portuário Atelier Editorial.

O Projeto Tinta Preta – Edição e Difusão da Produção Literária Negra da Bahia tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

.Criada para fortalecer a bibliodiversidade e estabelecer intercâmbios lítero-culturais com América hispânica e África lusófona, a Portuário, além da Coleção, traz o documentário Tinta Preta, dirigido pelas cineastas Poliana Costa e Beatriz Vieirah. Entendido como linguagem expandida à literatura, o filme ecoará as vozes dos autores e autoras, possibilitando a experimentação e atenção de leitores jovens e adultos de língua portuguesa e espanhola.

Espera-se que a linguagem cinematográfica também amplie a possibilidade de acesso aos conteúdos, que poderão ser lidos em distintas mídias, espaços e territórios. Desde o celular, às distintas bibliotecas, escolas públicas e privadas. Todo conteúdo estará disponível para download gratuito no site da Portuário (www.portuarioateliereditorial.com).

O encontro literário, portanto, faz borrar as fronteiras de países de língua portuguesa e espanhola, as fronteiras do papel e do virtual, do Recôncavo e de Nuestra América, da literatura negra produzida na Bahia e do cinema, para nos fazer ouvir grafias escritas com a poesia necessária e a boa prosa chegadas com estas diásporas.

Oxalá a literatura nos alcance, nos toque, nos "futuque", nos desperte à leitura de um mundo sentido por tantas vozes de tinta preta Viva e Presente na literatura da Bahia.

Axé...

O quê: · Apresentação da Coleção e Documentário Tinta Preta

  • Literatura Negra Viva (poesia e prosa)

  • Literatura Negra Presente! In Memoriam

Quando: 23 de abril 2021 (sexta-feira)

Horário: Das 20h às 21h 30min

Onde: Canal da Portuário Atelier Editorial no YouTube

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