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Os Pássaros de Copacabana
Sábado 29 Abril 2017, 20:00

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Nos anos 60, uma transexual sonha em fazer um grande espetáculo, encomendado por seu amante, cantando os maiores sucessos do compositor Ary Barroso, um dos célebres nomes da Música Popular Brasileira. Enquanto ensaia seus números, a personagem mostra sua intimidade e as memórias durante conturbados dias de 1964. Esse é o ponto de partida de Os Pássaros de Copacabana, novoespetáculo de Gil Vicente Tavares, que assina a direção e a dramaturgia, numa obra inédita, que usa da história de vida da aspirante à cantora para provocar reflexões sobre a nossa história e o presente. A nova montagem também é a celebração dos 30 anos de palco do ator Marcelo Praddo, que se prepara para o desafio de viver um novo monólogo onde, além de atuar, canta e dança. O espetáculo, apresentado pelo Governo do Estado e Vivo, por meio da Plataforma Vivo Transforma, estreia em Salvador no dia 11 de março, sábado, às 20h, no Teatro Molière – Aliança Francesa (Ladeira da Barra).


Os Pássaros de Copacabana tem na história um importante pano de fundo com o qual o autor, Gil Vicente Tavares, traz as primeiras circunstâncias da ditadura deflagrada em 64, por meio das memórias da personagem protagonista, aparentemente pouco afeita às discussões políticas, embora absolutamente impactada pelo cenário pesado que vai se instalando. A história dá sua partida no dia em que se comemora o aniversário da cantora Carmem Miranda, mas também morre o compositor Ary Barroso: 09 de fevereiro de 1964, um domingo de carnaval. Outros personagens perpassam a história: a namorada dos tempos de juventude, a figura materna de quem se lembra com saudade, o amante militar de poucas palavras, o vizinho comunista. Absolutamente musical, a montagem entrecorta as lembranças da narradora com diversas canções de Ary Barroso, de sucessos a pérolas pouco conhecidas desse compositor tão notável na história da Música Popular Brasileira, e principal artista a projetar o samba mundialmente, chegando a concorrer ao Oscar por uma de suas canções.


“Ainda quando realizávamos o espetáculo Caymmi, do rádio para o mundo, nossa produtora Fernanda Bezerra nos provocou a falar sobre Ary Barroso, por conta da riqueza de suas canções e de sua importância para o Brasil e o mundo. Essa vontade ficou, assim como o desejo de construir um solo para Marcelo Praddo, que completou recentemente 30 anos de palco no mesmo ano que nosso grupo Teatro NU alcançou uma década em atividade” explica o encenador Gil Vicente Tavares, que optou por agregar, ao texto, questões sobre gênero e sexualidade, que eram interesse do ator e um assunto tão pulsante na sociedade brasileira. “O espetáculo toca em diversas temáticas paralelas, refletindo sobre música, política, gênero, assuntos tão debatidos na sociedade brasileira, no meio dessa grande quebra de braço em que vivemos entre progressistas e conservadores” acrescenta o dramaturgo.


Pela primeira vez, Gil Vicente Tavares trabalha ao lado de Jarbas Bittencourt, que assina a direção musical do espetáculo, apesar de já terem sido parceiros noutros três espetáculos. Em cena, o músico Elinaldo Nascimento toca instrumentos como piano e acordeão, entre outros, ao lado da voz de Marcelo Praddo. De acordo com Jarbas Bittencourt, a música da peça evoca a riqueza melódica das canções compostas por Barroso, considerado um virtuoso. “Ary era um grande melodista, criador de canções inesquecíveis. Mas ao longo do espetáculo, é inevitável não olhar para algumas letras com os nossos olhos inquietos do presente” pontua o músico. Perpassam 17 canções em cena, trazendo releituras musicais, das quais apenas duas manterão as características do samba, mas também ressignificadas pela interpretação da personagem.


O espetáculo é realizado pela Maré Produções Culturais e o patrocínio da Vivo e do Governo do Estado por meio do Fazcultura, programa de fomento da Secretaria Estadual de Cultura e Secretaria Estadual da Fazenda da Bahia. O superintendente de Promoção Cultural da SecultBA, Alexandre Simões, salienta a importância do Fazcultura na promoção do desenvolvimento artístico e cultural do Estado. “O programa é estratégico e traz oportunidade para as empresas investirem na cena cultural, ratificando seu papel social. É interessante também pela dimensão econômica, pois movimenta os equipamentos culturais, faz girar essa cadeia e gera emprego e renda para centenas de profissionais”.


Vivo Transforma

O espetáculo Os Pássaros de Copacabana tem o patrocínio da Vivo via plataforma Vivo Transforma, criada pela empresa para promover a democratização do acesso à cultura e o envolvimento das comunidades em iniciativas pautadas na transformação social, revelação de novos talentos e valorização da cultura nacional. “Ficamos muito felizes em apoiar este projeto que tem produção local e contribui para a valorização da cultura baiana”, revela a diretora de Sustentabilidade da Vivo, Joanes Ribas.


Fazcultura

O programa de incentivo ao patrocínio cultural - Fazcultura -, executado pela Secretaria da Cultura (SecultBA) em parceria com a Secretaria da Fazenda (Sefaz), foi criado em 1996 através da Lei nº 7.015 com o objetivo de fomentar iniciativas culturais dos mais diversos: música, artes visuais, patrimônio, memória, dança, circo, audiovisual, cultura popular, literatura, teatro, moda, design, dentre outras. Através do Programa, o Governo permite que as empresas previamente habilitadas recebam benefícios fiscais de até 80% sobre o valor total de um projeto cultural. Dessa forma, a empresa deixa de recolher parte do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) devido, para destinar diretamente a projetos culturais aprovados pela Comissão Gerenciadora do Fazcultura.


30 anos de carreira – Marcelo Praddo comemora 30 anos de palco num trabalho sem dúvidas desafiante. Viver uma mulher transexual, vítima das violências do seu tempo – o que já demanda uma carga dramática bem dosada, ao lado de cantar e dançar em cena.  “Criar Os Pássaros de Copacabana tem sido uma tarefa prazerosa, mas também difícil, que me tira da zona de conforto e convoca maiores esforços como intérprete. Lidar com a construção corporal de uma mulher, a música, a densidade do texto e do espetáculo sem dúvidas é desafiante. Mas também um grande presente” conta o artista.


Integrante do grupo Teatro NU desde 2008, Marcelo Praddo é um dos atores mais importantes da cena teatral baiana, reconhecido pela versatilidade e qualidade de seu trabalho criativo. Como não lembrar de sua brilhante interpretação como Boca de Ouro, em 2002, com direção de Fernando Guerreiro, que lhe rendeu o  Prêmio  Braskem de Teatro como Melhor Ator? Ou as indicações seguintes porQuarteto, montagem de Gil Vicente Tavares, em 2014 ou primeiro monólogo Eu, em, 2004, com direção de Vadinha Moura?

“Marcelo é um ator de inquestionável qualidade, doçura, gentileza. Um artista generoso em seu trabalho e com os colegas. Sempre trazendo para os ensaios entrega e disponibilidade criativa” revela Tavares.


Os Pássaros de Copacabana mantém a característica de trabalho do grupo, que prima por um teatro de mínimos elementos que potencializam o trabalho do ator, contando com a equipe de criadores que reúne Euro Pires concebendo conjuntamente a cenografia e indumentária;  Anna Oliveira na maquiagem; e o desenho de luz de Eduardo Tudella, colaborador do Teatro NU. Gil Vicente Tavares ainda conta com Bárbara Barbará, parceira de trabalho, que assina a direção de movimento e assistência na encenação.

 

Valor R$ 20 (meia) R$ 40 (inteira)

Novo texto e direção de Gil Vicente Tavares celebra 30 anos de Marcelo Praddo e passeia pelas canções de Ary Barroso.

Localização  Teatro Molière - Vitória
Av de Setembro - Ladeira da Barra, 401
Brasil/Bahia/Salvador

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  • mariofoto1_MSF20240207-157Lavagem Funceb. 08.02.24. Alb 2. Foto: Mário Sérgio
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