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Kanzuá "Nossa Casa"
Quinta-feira 18 Dezembro 2014, 17:30

Acessos : 1951

Eram povos que não se conheciam, bastante diferentes entre si: um nativo e outro estrangeiro, que em comum tiveram a luta pela preservação de sua existência e sua cultura. Esse é o ponto de partida do espetáculo Kanzuá, “Nossa Casa”, mais nova montagem da encenadora Fernanda Júlia e montagem de estreia do Aldeia Coletivo Cênico. Provocando em criadores e espectadores uma reflexão sobre a formação da identidade cultural do povo brasileiro, esta investigação cênica revela o encontro das matrizes indígena e africana numa montagem teatral onde ritual, canto e movimento se integram para contar nossa história. Com temporada de 9 a 21 de dezembro, de terça a domingo,  às 17h30, a peça acontecerá na Casa Preta (Rua Areal de Cima, nº40, Dois de Julho).

Fernanda Júlia, que tem na trajetória espetáculos de forte natureza ritual, que mergulham no universo do candomblé, pela primeira vez, se aproxima da cultura indígena e a riqueza do seu encontro com as populações afro-brasileiras. De acordo com a encenadora, “esse encontro gerou estratégias de resistência e de reexistência de índios e negros na luta contra o colonizador e faz parte das contribuições civilizatórias que ambos legaram na composição da cultura brasileira”.

“O teatro é a arte do encontro, é a possibilidade que temos de nos ver e sermos vistos. O teatro contribui de forma qualitativa na construção do nosso imaginário simbólico. Portanto levar ao palco a história do encontro dos donos da terra os nativos que fomos obrigados a chamar de indígenas e dos negros africanos de nação banto é de suma importância, pois temos a oportunidade de contar uma história que não é contada, de contarmos essa história do ponto de vista daqueles que tiveram a sua cultura destruída, sua história negada” explica a encenadora.

Fernanda Júlia aposta em Kanzuá como um espetáculo afirmativo de valoração das outras matrizes culturais que civilizaram o país. Para a criadora, “esta é uma oportunidade valiosa de validar e divulgar a história dos nossos antepassados, este espetáculo é mais uma contribuição na luta pela desmitificação das imagens pejorativas construídas sobre o povo indígena e negro durante séculos. O caboclo é uma síntese cultural que traduz na minha opinião a verdadeira cara do povo brasileiro”.

A partir da provocação do ator Luiz Guimarães, integrante do Aldeia Coletivo Cênico, a realização do espetáculo Kanzuá parte da necessidade de contar, numa linguagem contemporânea e na perspectiva dos caboclos, uma história costumeiramente narrada sob o olhar do homem branco. Por reconhecer a importância destas matrizes fundadoras na concepção do que chamamos hoje de Brasil, o grupo de criadores assumiu esta ideia como projeto artístico de estreia. De acordo com Luiz, “falar do caboclo é falar sobre nós, sobre nossa história, de tudo que é mais brasileiro, é falar da raiz mais profunda e esquecida.”

Para o artista, “Kanzuá elucida uma parte da história que não foi contada, uma vitória que não foi registrada, mas que está em nós... nos olhos, no cabelo, na pele. Falar sobre os caboclos é dar voz ao índio, ao negro banto, ao sertanejo, as rezadeiras, benzedeiras, parteiras... é dar voz ao encanto”.

Com dramaturgia de Daniel Arcades, o espetáculo reúne os atores Denise Correia, Luiz Guimarães, Mariana Damásio, Thiago Romero e conta com direção musical de Jarbas Bittencourt e trilha sonora original de Roquildes Junior e Sanara Rocha. A música tem papel fundamental na montagem, envolvendo o público no ambiente ritual e rítmico do espetáculo, trazendo uma sonoridade que reflete a mistura entre os povos.

Com corpo e movimento extremamente presentes, Kanzuá tem coreografias assinadas por Zebrinha. A ambientação cercada de verde, plantas e cheiros da natureza explora as possibilidades do lugar, com concepção de cenário, figurino e maquiagem de Thiago Romero. A iluminação fica por conta de Luiz Guimarães, que quer explorar as nuances do entardecer – daí a escolha do horário das apresentações, às 17h30.

Este projeto foi contemplado no Edital Setorial de Teatro 2012 / Fundo de Cultura do Estado da Bahia.

Aldeia Coletivo Cênico

Do desejo de provocar reflexão, questionamento, descoberta ou encontro, construção e constituição da identidade, seja ela pessoal, profissional, artística, social ou histórica emerge o Aldeia Coletivo Cênico. O grupo de artistas observa o humano através do seu corpo embebido de consciência, materialidade de sua identidade, corpo com marcas, sensações e cicatrizes, corpo constituído de memória muitas vezes invisível ao próprio individuo. Para isso, pesquisa a relação cíclica, ator platéia e a utilização do corpo como agente disparador e condutor ritualístico. O coletivo tem como princípio fortalecer a figura do ator-atriz, enquanto propositor e gestor de um discurso, levando em consideração o individuo, o espaço e sua historia. Faz parte do trabalho a utilização de momentos de troca-aprendizagem e instrumentalização do artista, possibilitando ao ator-atriz contato e experiências práticas com outras ferramentas do espetáculo, como iluminação, produção, direção, cenotecnia, dramaturgia, entre outras.

 

Valor R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)

Espetáculo Kanzuá, nossa casa revela resistência da cultura indígena e negra frente à colonização com poesia e leveza.

Localização  Casa Preta Espaço de Cultura - Dois de Julho
Rua Areal de Cima, 7 - Dois de Julho
Brasil/Bahia/Salvador
40060-220

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  • mariofoto1_MSF20240207-157Lavagem Funceb. 08.02.24. Alb 2. Foto: Mário Sérgio
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