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9ª edição do Cinecipó - Festival do Filme Insurgente anuncia filme de encerramento
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Qua, 23 de Dezembro de 2020 23:54

Cinecipo_Festival_do_Filme_InsurgenteAo longo de dezembro, o Festival Cinecipó apresentou programações semanais com curtas e longas ficcionais e documentais que tinham como objetivo a busca pela apreciação da diferença, com pluralidade e diversidade. Idealizado por Cardes Monção Amâncio e Daniela Pimentel de Souza, o evento online será encerrado com a exibição especial de “O Que Há em Ti”, de Carlos Adriano, cinepoema que traça linhas entre o vaticínio de um haitiano sobre o presidente do Brasil (“Bolsonaro, acabou. Você não é presidente mais.”), a participação do exército brasileiro no Haiti e onde estão hoje os militares de alta patente que coordenaram as operações por lá.

“Uma honra muito grande acolher filmes tão diversos, plurais e potentes. Estamos cumprindo nossa missão curatorial e difusora de um cinema que importa. Os governantes passam e o cinema fica. Os focos de poder podem ser alterados pelo cinema e de fato são. Por isso o cinema é celebrado. Ou perseguido. Eles passarão, nós e o cinema, passarinho”, comenta Cardes. “Produzir uma mostra desta envergadura, num ano pandêmico, exigiu bastante, mas foi também um respiro. Ter e propiciar o encontro com as obras, com as pessoas que as realizaram e saber que o festival está ali 24 horas por dia para quem quiser sua companhia é algo que aqueceu bem o coração nesse mês de dezembro”, complementa.

O filme entrará na plataforma (www.cinecipo.com.br) no dia 28 de dezembro e ficará disponível por 24 horas. Na segunda-feira (28), às 19h, acontece também um debate com o diretor, a cineasta Cristina Amaral e o também diretor e roteirista Thiago B. Mendonça.

Patrocínio MGS

Apoio Embaúba

“Este festival é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte”.

Projeto 9º Cinecipó, nº 0907/2018, aprovado no Edital  IF 2018-2019 oriundo da Política de Fomento à Cultura Municipal (Lei nº 11.010/2016).

Programação de encerramento do 9º Festival Cinecipó

28/12 (disponível por 24 horas)

O que Há em Ti

Direção: Carlos Adriano

16', 2020

Sinopse: Em 16 de março de 2020, em Brasília (capital do Brasil), um haitiano anônimo e desconhecido desafiou o chefe da nação: “Bolsonaro, acabou. Você não é presidente mais.” Este cinepoema contrapõe tal situação a duas operações militares da Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti), comandada pelo Brasil, em 6 de julho de 2005 e 22 de dezembro de 2006, em Cité Soleil (Porto Príncipe, capital do Haiti).

O filme convoca a canção “Haiti” (Caetano Veloso e Gilberto Gil; 1993) e referências à revolução Haitiana (1791-1804) e a obras culturais sobre o Haiti: o Canto IX de “O Guesa” (Sousândrade; 1871/1888); “Bur-Jargal” (Victor Hugo, 1791/1876); “The Black Jacobins” (C.L.R. James; 1938); “Haiti: le chemin de la liberté” (primeiro longa metragem do Haiti; Arnold Antonin; 1974); “Haiti: dreams of democracy” (Jonathan Demme; 1988); “Voodoo Macbeth” (Federal Theatre Project e Orson Welles; 1936); a filmagem inacabada do vodou e da dança no Haiti (Maya Deren; 1947-1955); o poema “Les cendres de Toussaint Louverture” (René Depestre; 1998); o projeto não-realizado de Sergei Eisenstein e Paul Robeson sobre Toussaint Louverture.

Debate da sessão de encerramento

28/12

19hs - www.cinecipo.com.br

Com Carlos Adriano (O que Há em Ti), Thiago B. Mendonça, Cristina Amaral e Mateus Araujo Silva

Carlos Adriano

Cineasta (São Paulo, 1966), com doutorado e pós-doutorado em cinema (USP) e pós-doutorado em comunicação e semiótica (PUC-SP). Desde 1989, realizou filmes como “A Voz e o Vazio: a Vez de Vassourinha” (1998; Melhor Curta Documentário no 36º Festival de Chicago), “Santos Dumont Pré-Cineasta?” (2010; Melhor Direção no 10º Recine), “Sem título # 1 : Dance of Leitfossil” (2014; Melhor Filme no Golden Reel Underground Festival), “Festejo muito pessoal” (2016; Melhor Curta no 27º Cine Ceará) e “Sem título # 5 : A Rotina terá seu Enquanto” (2019; Melhor Curta no 24º É Tudo Verdade). Seu trabalho, já apresentado no MoMA de Nova York e na Tate Modern de Londres, é tema de um capítulo do livro “The Sublimity of Document: cinema as diorama (avant-doc 2)”, de Scott MacDonald,  (New York: Oxford University Press, 2019).

Cristina Amaral

Iniciou sua carreira profissional em 1977 no filme Parada 88, o Limite de Alerta de José de Anchieta. Formou-se em Cinema na ECA pela Universidade de São Paulo. Foi premiada em 1991 no Festival de Brasília pelo longa-metragem Sua Excelência, o candidato de Ricardo Pinto e Silva, e pelo curta-metragem Wholes de Cecílio Neto. Em 1997 coordena juntamente com Andrea Tonacci, a produtora Extrema Produções Artísticas. Realiza cursos e workshops de Montagem e Edição de Filmes. Entre os Cineastas que Cristina trabalhou estão: Marina Person, André Sturm, Toni Venturi, Guilherme de Almeida Prado, Ricardo Elias, João Batista de Andrade, Edgar Navarro, entre outros. É vencedora de prêmios em sua categoria no Festival de Gramado, RioCine e Festival de Brasília.

Mateus Araújo Silva

É professor Livre-Docente do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão e do Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da Universidade de São Paulo. Bacharel em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1993) e Doutor em filosofia (em regime de co-tutela) pela UFMG e pela Université de Paris I (Panthéon-Sorbonne), com tese sobre o problema da imaginação em Descartes, defendida em 2006. Desenvolveu, com bolsa da FAPESP e supervisão de Ismail Xavier, um pós-doutorado em cinema na ECA-USP com uma pesquisa sobre Glauber Rocha. Ao longo dos anos, tem articulado sua formação e seu exercício filosóficos com atividades e trabalhos no campo da história, da teoria e da crítica de cinema. Organizou ou co-organizou os livros Glauber Rocha / Nelson Rodrigues (Magic Cinéma, 2005), Jean Rouch 2009: Retrospectivas e Colóquios no Brasil (Balafon, 2010), Straub-Huillet (CCBB, 2012), Charles Chaplin (Fundação Clóvis Salgado, 2012), Jacques Rivette (CCBB, 2013), Godard inteiro ou o mundo em pedaços (CCBB / Heco produções, 2015), O cinema interior de Philippe Garrel (CCBB, 2018), Glauber Rocha: crítica esparsa (Fundação Clóvis Salgado, 2019) e Glauber Rocha: O Nascimento dos deuses (Fundação Clóvis Salgado, 2019). Tem artigos publicados em Film Quarterly, Cahiers du Cinéma, Novos Estudos Cebrap, Clássica, Kriterion, Devires, Eco-pós, Cinemais, La Fúria Umana, Aniki, Literatura e Sociedade, Doc On-line etc. Traduziu Glauber Rocha na França (Le Siècle du Cinéma, La Crisnée: Ed. Yellow Now / Magic Cinéma, 2006, 335p.) e uma série de autores franceses no Brasil.

Thiago B. Mendonça

É diretor, roteirista e crítico de cinema

29/12, às 19h

Seminário Reconquistando Territórios

mesa 3 - Reconfigurando territórios urbanos

Thiago Torres, o Chavoso da USP, falará sobre a reconfiguração de territórios urbanos levada a cabo por homens e mulheres periféricos que se insurgem contra o sistema excludente. A aula de Thiago levará em conta filmes selecionados no 9º Cinecipó e que se relacionam com o tema da mesa, como por exemplo "Bonde" (Asaph Luccas), Egum (Yuri Costa) e a Morte branca do feiticeiro negro (Rodrigo Ribeiro).

Sobre o palestrante

Thiago Torres tem 20 anos. É cria da Brasilândia, Zona Norte de São Paulo, hoje mora em Guarulhos e estuda Ciências Sociais na USP. E foi quando resolveu desabafar sobre as diferenças gigantescas que existem entre esses dois mundos em que vive que acabou viralizando. Através de suas redes sociais fala sobre a sua vida, suas vivências na USP e no mundo, mas também sobre outros assuntos relacionados à política, à cultura, à sociedade... É gay, negro, periférico, trabalhador, estudante universitário, vegano, comunista e espírita com um pé na umbanda.

Anúncio dos filmes destacados pelo Júri durante a live do seminário no www.cinecipo.com.br

Juri composto por:

Geni Núñez

Ativista no movimento indígena guarani, anticolonial. Graduada em Psicologia, mestre em Psicologia Social e doutoranda em estudos raciais e de gênero (Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas UFSC). Membro da Articulação Brasileira de Indígenas Psicólogos (ABIPSI).

Juliano Gomes

Crítico e professor. Editor da Revista Cinética, onde escreve desde 2010.  Publicou na Filme&Cultura, Folha, Piauí e diversos catálogos de mostras e festivais. Foi Júri do DocLisboa, Mostra Tiradentes, Cachoeira Doc e Fronteira. Leciona regularmente na AIC-Rio. Publicou sobre teatro na revista Horizonte da Cena e sobre música no catálogo do festival Novas Frequências, além de apresentar dois discos de Rômulo Fróes. Mestre em Comunicação pela UFRJ, com dissertação sobre Jonas Mekas. Dirigiu com Léo Bittencourt os curtas "As Ondas"(2016) e "..."(2007). Site pessoal: juliano-gomes.com

Paulo Heméritas

Professor docente de Filosofia dos cursos de graduação em Direito, Psicologia e Pedagogia da UNESA - Universidade Estácio de Sá dos campus de Cabo Frio e Campos dos Goytacazes - RJ.

Doutor em Sociologia  e Mestre em Cognição em Linguagem pela UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro.

Participa do Cine Cipó - Festival do Filme Insurgente desde 2011 como curador e jurado.

Possui artigos publicados em periódicos sobre o cinema ambiental e o transporte cicloviário.

É especialista em Educação Ambiental pelo IFF - Instituto Federal Fluminense.

O CINECIPÓ

Cinecipó – Festival do Filme Insurgente – teve sua primeira edição em 2011, na Serra do Cipó (MG). A proposta era realizar quatro dias de cinema ao ar livre, na praça e de graça, levando ao público filmes que não têm espaço na mídia onvencional. Até 2015, o festival foi realizado na Serra do Cipó, Lapinha e Santana do Riacho. Também já foram realizadas mostras em outras partes do Brasil como Pernambuco e Brasília. O coletivo produziu exibições itinerantes no Espaço Comum Luiz Estrela, Quilombo dos Marques, Quilombo do Palmital e em escolas públicas.

Além dos filmes, o festival também já ofereceu oficinas e workshops nas áreas de cinema, artes plásticas e música voltadas para a questão da sustentabilidade.

Por causa da pandemia da COVID-19, em 2020 o festival acontece online e tem duração de um mês. Entre os realizadores dos filmes, uma forte presença de LGBTQI+, mulheres e negros.

Serviço:

9ª edição do Festival Cinecipó
Data: Até 28/12

www.cinecipo.com.br

Gratuito

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