Idealizado e realizado pelo duo NU’ZS, o show “Chico Buarque – Um Outro Olhar” chega a Salvador no dia 20 de julho, na Sala Principal do Teatro Castro Alves, criando uma nova imagem para as canções de Chico Buarque de Holanda, apresentando um Chico pop e radiofônico. Com arranjos que misturam elementos sonoros da música orgânica e da música sintética, o show estreou nacionalmente em 2019, já tendo passado por dezenas de cidades.
Para dar um outro olhar aos clássicos do artista carioca, o duo NU’ZS, que é formado por Max Silva (guitarras, voz, teclados e arranjos) e Marcê Porena (direção de cena e voz), utiliza também elementos do teatro, com uma interpretação singular, tornando para o público uma experiência sonora, visual e poética, jamais ouvida, vista e sentida.
O SHOW – Chico Buarque já foi gravado e apresentado de diversas maneiras, por diversos artistas nacionais e internacionais, mas a decisão de criar um Chico mais pop e ao mesmo tempo teatral tem a intenção de conectar a obra do artista a um outro público, que talvez não seja tão familiarizado com as canções e criar uma outra percepção e subjetividade da obra aos amantes tradicionais do artista carioca.
Max Silva, diretor musical do show, optou por explorar a tecnologia para criação dos novos arranjos, tocando e gravando todos os instrumentos, desde baterias a sintetizadores, que suprimem a necessidade de ter uma banda ao vivo, por isso o show se torna minimalista por ter somente dois artistas em cena, mas, ao mesmo tempo, se torna grandioso, pela quantidade de instrumentos que são ouvidos pelo público.
A luz desenhada pelo iluminador de teatro Guilherme Bonfanti, experiente profissional das artes cênicas, tendo sido responsável recentemente pela luz do espetáculo “Roda Viva”, também de Chico Buarque, montagem do diretor paulista José Celso Martines Corrêa, cria um novo caminho sensorial através do visual, ligando os artistas, a palavra de Chico, a sua música e o público.
A obra de Chico Buarque é necessária, vital e sem ela o Brasil seria mais pobre, como já disse Rui Guerra. O show idealizado pelo duo NU’ZS prova que, além de necessária e vital, quando interpretada, atualizada sob um outro olhar, estabelece um elo com a atemporalidade. O repertório tem como ênfase canções conhecidas, passando por diversas fases do autor e sendo dividido em “ATO I”, com músicas que trazem arranjos com uma linguagem mais pop como em “Sob Medida” (1979), e o “ATO II”, mais intimista, com canções como “As Vitrines” (1981). O show marca, também, o lançamento do EP, volume 1 com músicas como “Tatuagem” (1973), “Sem Açúcar” (1975), “Sob Medida” (1979) e “Olhos nos Olhos” (1976). |