Em julho, ocorre ainda no espaço de cultura exposição "Retratos de Ivana Chastinet", com fotografias de Diego Haase, Dora Souza, Edgard Oliva, Matheus Tanajura, Sandro Pimentel e Arthur Scovino
A Palavra que é protesto e afeto. A palavra declamada e cantada, dita. A palavra que norteia a programação deste final de semana da Casa Preta Espaço de Cultura. Depois do sucesso da primeira edição em abril, o festival "Quilombo Musical" volta a ocupar a Casa Preta dia 16 de julho para apresentações das bandas Mukambu e Aglomerasons, que se juntam para fazer aquele groove com líricas de autoestima do povo preto e críticas sociais. Ocupando a Sala Ivana Chastinet, o clima vai ferver com muito reggae, ragga, rap, dancehall, tudo isso encharcado de dendê.
[en]Cantada nos becos e vielas do Alto do Peru, Fazenda Grande do Retiro, em Salvador, a banda Mukambu surge em 2018 trazendo em sua musicalidade o reggae, poética musicada de guerrilha preta, para propagar mensagens de resistência, justiça social, igualdade de direitos e autoestima do povo preto. A Mukambu é Texugo (voz principal), Zeu Silva (guitarra rítmica), Adrian Jr. (bateria) e Júnior “Bass” Sento Sé (baixo).
Para o show na Casa Preta, a Mukambu traz um repertório com canções do seu primeiro "Na Quebrada", produzido em parceria com o selo Surforeggae, com canções como "Mukambu'', "Preta" e "Pé no Chão". Em janeiro e fevereiro de 2022, a banda gravou seu mais novo single intitulado “No Gueto”, produzido por Marcello Santanna e gravado no Estúdio AquaHertz, que contou com as ilustres participações do reggaeman baiano radicado em São Paulo, Pankada Roots, e com o swing do pagotrap da rapper Candace.
Com o segundo álbum "Memórias Aglomeradas'', a banda AglomeraSons fará um show composto por músicas autorais, que destaca o trabalho desenvolvido pelo grupo durante seus 9 anos de atuação (de 2006 até 2015), com uma postura crítica à desigualdade social ancorada no racismo estrutural presente na sociedade brasileira e no próprio racismo enquanto prática ideológica.
A banda, que nasceu no bairro de Castelo Branco. Memórias, se refere a reconstituição de uma história. Aglomeradas faz alusão não só ao nome da banda, AglomeraSons, mas também ao entendimento de que os conteúdos históricos que compõem as memórias das pessoas negras, em determinados momentos, se entrecruzam, se aglomeram. O EP está disponível nas principais plataformas de streaming e nas redes sociais da banda - @memoriasaglomeradas.
Serviço
O quê: Quilombo Musical II - com Mukambu e Aglomerasons
Quando: 16 de julho, às 18h
Ingressos: R$ 20 inteira e R$ 10 meia
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