O PICO, evento que reúne música, exposição de artes visuais e de produtos de marcas soteropolitanas, acontece dia 17 de setembro, a partir das 16h, na Casa Cultural Reggae. Para celebrar e protagonizar a cultura urbana e underground, a line up é composta pelos artistas: Pivoman, Manigga, Fiteck, Liz Kaweria, Vittor Adél, TRVNSE, XX Cozy, Bratz, O Douglas e JvckBeats. Além de muita música, o encontro promove exposições artísticas, com fotografias, ilustrações e artigos personalizados, e dos produtos das marcas Vry Co., Brownie da Preta, Espaço Maat e Allegorium. Os ingressos estão disponíveis no sympla por R$20 e R$25.

A programação plural vai além de promover a inclusão dos realizadores da cultura urbana e under nas agendas culturais. A curadoria busca fomentar a economia criativa da cidade ao dedicar um espaço voltado à exposição de produtos elaborados de forma sustentável. Mariana Raposo, confeiteira do Brownie da Preta, desenvolveu a ação “potes retornáveis”, na qual o cliente ganha desconto ao devolver o pote de vidro que contém o doce. Já Tumaini Sankofa, designer da Allegorium, marca que também participa da exposição artística, reutiliza tênis, bolsas ou camisas e as customiza, proporcionando um novo visual ao item.

A curadoria da exposição de artes visuais conta com a participação do fotógrafo Vulgo Jr., que já realizou trabalhos junto ao selo 999 e Afropunk Bahia, o ilustrador Rodrigo Concei, que recentemente participou da exposição O Ritual do Eu com a série “Corpo-Tronco”, e por fim, Bruno Wiw, grafiteiro e muralista, criador da arte em homenagem ao Mestre Moa do Katendê, localizada aos pés da Escadaria do Passo. Durante o evento, Wiw fará uma performance de live painting.

A ideia de conectar economia sustentável, arte visual e música surgiu entre os amigos Douglas e John, que perceberam a necessidade de um evento em Salvador que apresentasse diferentes linguagens artísticas feitas pelos próprios soteropolitanos e que incentivasse o consumo sustentável. “Nossa cidade é centro de inspiração e de virada de chave para processos criativos. Muita gente de fora vem para cá ‘beber da cultura soteropolitana’ e depois voltam para suas regiões fomentando arte e cultura lá. Como Salvador fica nessa história? Está na hora de valorizar os próprios fazedores da nossa cultura”, diz John, produtor do O PICO.