Heróstrato, na mitologia grega, era um cidadão comum da cidade de Éfeso que queria fama a qualquer custo. 
Para alcançar a glória eterna, Heróstrato foi capaz de incendiar o templo de Artemis para seu nome ser conhecido pelas futuras gerações.
Eróstrato busca antes de tudo, redenção.
Redenção de sua vida catatônica e aprisionada. 
Redenção para todos que habitam e vivem nessa realidade megalomaníaca.
Eróstrato também queria reconhecimento.
Quem nos reconhece em todas pequenas explosões diárias? Quem ainda enxerga vida, enquanto nos arrastamos mortos para o próximo dia de trabalho? Quem sacia essa fome, essa histeria coletiva?
Eróstrato nos traz, a nossa essência. Todos os dias da chegada ao trabalho, da ida a biblioteca, a faculdade. 
Quem é impassível de surtar? Quem é impassível de tentar calar todas as vozes quando a nossa fala mais alto? 
Quem de nós somos apenas metades? Como sabemos em que momento as histórias são verdadeiras? Em que momentos nos afogamos em nossas próprias histórias?