O COATO Coletivo entrar em cartaz no Teatro Vila Velha com o acontecimento cênico Eu é outro: Ensaio sobre fronteiras, de 13 a 16 de setembro – quinta-feira a sábado, às 20h, e domingo, às 19h.
O COATO Coletivo é um Grupo ocupante do Teatro Vila Velha, que nasceu em 2014, na Escola de Teatro da UFBA. Tem como identidade desenvolver espetáculos de forma colaborativa e interdisciplinar, com abordagens sociais, históricas e políticas refletindo os modos de existir contemporâneo no qual somos parte. A performance e a relação com o uso do vídeo/imagem fazem parte da linha de pesquisa.
O espetáculo Eu é outro: Ensaio sobre fronteiras foi criado nos dois meses de residência artística do grupo em São Paulo, com Rubens Velloso e Marcos Azevedo, diretores do PHILA7. O espetáculo transita entre teatro/performance/dança/música discutindo a permissividade de aproximação entre os sujeitos e como o outro torna-se capaz de alterar o estado criativo-coletivo.
Outro encontro no processo de criação foi com a Ivani Santana, mentora do Grupo de Pesquisa Poéticas Tecnológicas - BA, vinculado a UFBA, que ativou nos performers um novo olhar sobre as fronteiras físicas/duras/territoriais e os colocou numa rota poética/metafórica/visual. “Nos ensinou a respirar junto”.
A obra reflete sobre a percepção e reformulação do corpo como coletivo/organismo integrado dentro de um todo. Esse organismo que atravessa questões fronteiriças geradas pelas relações com outros organismos e repensa sobre o incômodo de estar junto.
Eu é Outro. Sou? EU é uma ficção possível a ser reconfigurada, dialogada sobre as possibilidades de aproximação e espelhamento, pois este EU revela-se parte experimentada do OUTRO, a presença desse OUTRO define parte do que é esse EU. Uma tentativa de aproximação entre o EU OUTRO EU NÓS. Para isso, é necessário respirar juntos.
A tecnologia chega justamente como a engrenagem que faz o fluxo da cena girar, ela estará por toda parte dando suporte e colaborando com o trabalho dos performers. Eu é Outro investe nas imagens cinematográficas, na interatividade telemática e no uso de mídias para provocar sensações plurais onde cada singularidade desejante (povoamento), a partir do seu repertório, poder criar as suas próprias imagens.
“Por isso, “Eu é outro: ensaio sobre Fronteiras”, pois não sabemos nada, “Eu não cria nada, Eu não pensa nada, Eu é um outro e treino pra ser vidente”, já nos alertava o poeta Rimbaud, tentaremos juntos vivenciar essa travessia a cada noite. Pois não temos respostas prontas, não há uma liturgia a ser ministrada naquele palco, o que vai acontecer é uma experiência orgânica, onde nos entregaremos ao encontro desses OUTROS que virão. Vamos respirar juntos, esse ar que gira ao redor dessa grande roda gigante chamada planeta Terra. ‘Nossa sombra projetada no chão é um sinal de que ainda estamos vivos’”.
FICHA TÉCNICA:
Encenação/Provocação: Marcus Lobo
Programador Visual: Giovani Rufino
Co-Criadores: Danilo Lima, Ixchel Castro, Jamile Cazumbá, Mirela
Gonzalez, Natielly Santos, Simone Portugal, Thiago Cohen, Ana Brandão,
Marcus Lobo, Bernardo Oliveira.
Musicalidade da cena: Bernardo Santos, Ixchel Castro, Jamile Cazumbá,
Mirela Gonzalez
Preparação Telemática: Ivani Santana
Preparação Corporal: Danilo Lima e Thiago Cohen
Tramaturgia: Ixchel Castro, Simone Portugal, Marcus Lobo, Rubens Velloso
Iluminação: Ana Brandão e Marcus Lobo
Operação de luz: Ana Brandão
Produção: COATO
Criação compartilhada: Grupo PHILA7 - SP e GP Poéticas Tecnológicas – BA
Contato
Viviane Pitaya (71)991997746
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