A partir desse acontecimento, o grupo Teatro Base, em A Bunda de Simone, discute artisticamente o direito da mulher ao próprio corpo - com os olhos atentos ao fato de que o ideal feminista apresenta uma zona de encontro polifônica onde mulheres, homens, transexuais, homossexuais, bissexuais e outras sexualidades buscam ferramentas potentes e possíveis contra o padrão patriarcal dominante. A montagem estreia em Salvador, no Espaço Cultural da Barroquinha, dia 03 de outubro, às 20h; em parceria com a Giro Produções Culturais e o apoio financeiro da Fundação Cultural do Estado da Bahia através do Edital Setorial de Teatro 2012.
Dirigida por Diego Pinheiro, e “performada” por Brisa Morena, Diego Alcântara, Laís Machado e Lara Duarte, a obra propõe um fórum de discussão, a partir de uma experiência estética sobre o corpo e sua autonomia na sociedade contemporânea, buscando dar vazão a subjetividades e identidades.
Numa estrutura de colagem, o texto também tem inspirações nos escritos de Simone de Beauvoir, estudos sobre essa temática, o desejo, a mídia, a grande mídia e, principalmente, histórias das próprias atrizes-performers. O objetivo é apresentar a tentativa de libertação dos padrões citados, expondo a partir dessa tentativa as contradições caracterizadas no embate contra uma cultura de escala global.
A Bunda de Simone é sobre corpos em processo de lavagem moral, ética e estética. Por isso, inclui como metáfora as etapas de uma máquina de lavar: “Propondo Lavagem, Molho, Centrifugação e Estendimentos em varais urbanos”.Provocando discussões sobre o que pode resultar de tudo isso.
O trabalho foi iniciado pelo Teatro Base no primeiro semestre de 2014, tendo como ponto de partida a primeira edição do projeto Delirium Ambulatorium, em Salvador (BA), entre 27 e 31 de maio, no Lálá Multiespaço. Na primeira edição, participaram grupos, núcleos, atores, dançarinos e performers atuantes no Estado da Bahia, com o intuito de promover uma mini-residência artística e interdisciplinar visando o intercâmbio entre os participantes e representantes de instituições que lutam pelo direito da mulher.
SERVIÇO
O TEATRO BASE
Coletivo de pesquisas nas artes cênico-performativas, o Teatro Base tem como eixo investigativo os princípios e procedimentos que fundamentam a ação do performer a partir dos seguimentos em teatro, dança e música. O grupo completou quatro anos de investigação continuada, tendo em seu currículo experimentos cênicos, duas obras artísticas (Arbítrio e Oroboro), produção da mini-residência Delirium Ambulatorium (ANO I), workshops e a idealização, e produção, do evento/movimento EMPUXO, juntamente com outros artistas, núcleos, coletivos e grupos emergentes da cidade de Salvador-BA. Com Arbítrio, o Teatro Base obteve três indicações ao Prêmio Braskem de Teatro 2011 da Bahia (Melhor espetáculo, ator revelação e grupo revelação), ganhando o grupo como revelação do ano de 2011.
FICHA TÉCNICA
Criação: Teatro Base
Direção: Diego Pinheiro
Elenco: Diego Alcantara, Laís Machado, Lara Duarte e Brisa Morena
Textos: Teatro Base
Dramaturgia: Lara Duarte e Diego Pinheiro
Assistente de direção: Katiuska Azambuja
Preparação corporal e vocal: Laís Machado
Cenografia: Erick Saboya
Chefe de Cenoctecnia: Adriano Passos
Cenotécnicos: Antônio Carlos Pequeno, Bruno Matos, Cássio Tomate e Israel Luz
Contrarregras: Bruno Matos e Cássio Tomate
Figurinos: Diego Alcantara
Iluminação: Luiz Guimarães
Assistente de iluminação e operador de luz: Eliedson Rosa
Apoio de Iluminação: Marina Fonseca
Direção musical: Ronei Jorge e Andrea Martins
Assistente de direção musical: Gustavo Carvalho
Técnico e operador de som: Marcos Sampaio
Design gráfico: Rebeca Matta e Angelo Thomaz
Assistente de design gráfico: Laís Machado
Registro fotográfico e videográfico: João Pedro Matos
Assessoria de imprensa: Arlon Souza e Eduardo Coutinho
Produção: Giro Produções Culturais
Realização: Teatro Base e Giro Produções Culturais
Obs: no dia 17 de outubro não haverá sessão - Horário: sextas e sábados as 20h e domingos as 19h. Obs: no dia 25 de outubro haverá sessão extra as 18h. |