Domingueiras CCCXCI. Por Sérgio Guerra |
Ter, 16 de Agosto de 2022 07:44 |
Com o começo oficial da Propaganda Eleitoral, no dia 16 de agosto com o horário gratuito no rádio e TV no dia 26, o processo eleitoral de 2022, deverá apresentar contornos mais definidos, consolidando ou alterando o presente quadro, extremamente dinâmico, mas que, ainda mantém uma constante permanência do ex-presidente Lula à frente, ainda que com frequentes oscilações que não mudam a sua hegemonia. Vale lembrar que este “começo oficial” (?) é apenas a formalização de uma prática, já muito em funcionamento, mas que a Justiça Eleitoral fazia de conta que não existia e fechava os olhos prá realidade. Assim, oficialmente, a partir do dia 26, as mídias disponibilizarão blocos de 12 minutos e 30 segundos de propaganda. Sendo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT, tendo a maior coligação, com 10 partidos (PT, PSB, Solidariedade, PSOL, Rede, Avante, Agir, PROS, PCdoB e PV), que juntos elegeram 140 deputados federais, 13 senadores e oito governadores em 2018, terão o maior tempo, estimado de 3 minutos e 20 segundos. Além disso, terá diariamente 7,5 inserções, ou seja, pequenas propagandas de 30 segundos, veiculadas nos intervalos comerciais das emissoras. Já o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), ficou em segundo lugar após conseguir reunir em torno de sua candidatura, apenas, mais 2 partidos (Progressistas e Republicanos). Em 2018, esses partidos elegeram 101 deputados federais, sete senadores e um governador. Com isso, Bolsonaro terá direito a 2 minutos e 40 segundos, além de 6 inserções diárias. Já a senadora Simone Tebet (MDB) aparece em terceiro lugar, contando com o apoio de mais 2 partidos (PSDB, Cidadania), podendo chegar a quatro já que o Podemos anunciou provável adesão. Juntas, essas legendas elegeram 82 deputados federais, seis governadores e 11 senadores em 2018, o que lhe assegura 2 minutos e 16 segundos. Por outro lado, a senadora Soraya Thronicke (UB) conta somente com o seu partido, o União Brasil, legenda resultante da fusão entre PSL e DEM, e que elegeu 81 deputados federais, cinco governadores e oito senadores em 2018, o que lhe garante 2 minutos e 7 segundos. Já o pedetista Ciro Gomes também não conseguiu se coligar e conta apenas com sua sigla, o PDT, que elegeu 28 deputados federais, dois senadores e um governador em 2018. Com isso, o cearense está em quinto lugar no ranking das alianças partidárias e contará com cerca de 50 segundos de propaganda. Já os candidatos “nanicos”, devido pelo pequeno porte que, inicialmente, apresentam, dispõem de, respectivamente, apenas de: Luiz Felipe d’Avila (Novo): 19 segundos. Além dos “mini nanicos”: o eterno Eymael (DC) com apenas 8 segundos e os menores tempos disponíveis, 7 segundos, para Vera Lúcia (PSTU), Sofia Manzano (PCB) e Leonardo Péricles (UP). Tão minúsculo tempo de exposição, aliado as pequenas estruturas partidárias, devem lhes assegurar a continuidade destas fracas condições na difícil disputa contra os 2 “gigantes”, que já passaram pela presidência da República: Lula e Bolsonero. Sérgio Guerra Licenciado, Mestre e Doutor em História
Professor Adjunto da UNEB. DCH1 Salvador. Cronista do site "Memórias do Bar Quintal do Raso da Catarina".
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