Nessa sexta-feira, 10 de outubro, o arquivo do Gramática da Ira, meu primeiro livro de poemas, segue para gráfica.

Em finais de outubro, teremos a primeira edição impressa em mãos e o imediato lançamento simbólico na Bahia Preta. Não gosto de tratar das coisas antes da hora, mas, dessa vez, parece que teremos de fato o livro nas encruzas.

Todo o processo está sendo independente por minha opção: estratégica, poética, política, econômica e espiritual. É exatamente assim que eu sempre quis. Quando eu tiver garantida a data da entrega do material pela gráfica, começo a pré-venda. Seu eixo central será nosso TRANSE, um processo colaborativo mais direto e Nós Pó Nós, com fins de fortalecer, principalmente, as produções poéticas e musicais da Negritude.

As pessoas dispostas a colaborar poderão comprar o livro antecipadamente. Não haverá sorteios nem brindes, apenas o chamamento de quem reconhece a importância da obra. A Gramática da Ira não se ressente de assumir, também, fins comerciais, para cobrir custos e se estabelecer como um trabalho para minha subsistência e daqueles que, solidariamente, se dedicaram profissionalmente para que ela exista. E também para que tenha continuidade, com novas edições, e possibilite novas obras.

A pré-venda e a venda privilegiarão a internet, mas ocorrerá igualmente por telefone, presencialmente, etc. O livro custará R$ 30 (trinta reais), com o acréscimo do valor da postagem, quando necessária.

No entanto, com o TRANSE, procuro parceiros e parceiras que tenham postura coletiva, ou seja, que queiram ver o livro publicado para além de seu interesse pessoal e imediato. Nesse processo se dará uma inversão cultural: ao invés de desconto ou vantagens, as pessoas investirão mais na obra, valorando-a para além do objeto livro em si. Espero a compreensão e adesão de quem entende e concorda que essa é uma estratégica válida na luta pela afirmação de nossas próprias narrativas de vida e condução de nosso processo editorial.

Desses parceiros espero uma oferta maior pelo livro, uma quantia a partir de R$ 50. De fato, tenho a expectativa de que, com esses parceiros e parceiras, seja levantada a quantia que permitirá driblar o jogo das editoras comerciais tradicionais e “botar nosso bloco na rua”.

Desde anunciada, recusei que minha Gramática da Ira saísse por algumas dessas editoras, justamente pelas suas palavras desviantes, condições contratuais aviltantes e pelo descaso que demonstram com nossas produções depois de publicadas por eles.

Resolvi usar dessa estratégia de arrecadação inspirado em alguns amigos que há anos me perguntam como podem colaborar financeiramente, para ver meu livro publicado. Editores independentes me convidaram para lançar pelos seus selos. Parece mentira, mas protelei ou mesmo recusei essas gentilezas. Assim o fiz porque tenho convicção política, e o sonho, de que meu livro pode representar o início de uma editora independente voltada para a produção e distribuição de livros de autores de nossa proximidade, e a nós essenciais, que trabalham, de dentro, de maneira tensa e bela, a questão da Negritude.

Por ora é isso, mas logo voltarei mais bem articulado e com desdobramentos políticos, filosóficos e mercadológicos. E também com os meios de pagamento, como boleto, cartão de crédito, de depósito, depósito em conta, etc e tal!

Time Will Tell!

One People, One Love!!

Nelson Maca
Poeta Exu Encruzilhador de Caminhos,
Aprendiz de Editor e Comerciante Tímido!

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