O prefeito, que superestimou sua influencia, não conseguiu eleger seu governador, seu candidato ao Senado e ainda teve derrota estrondosa na Bahia com seu candidato à presidência, Aécio.

Não é de se surpreender que ACM tenha errado a mão. Existe uma visão ainda nesta terra, de que Salvador seja retrato de toda a Bahia e uma vez que a capital referende alguém ou um grupo, o restante da Bahia seguiria tal lógica. Um erro.

Ainda que esta visão da Bahia já seja limitada, porque expressa em verdade não entender/respeitar a pluralidade deste estado grandioso em todos os sentidos, temos que colocar também na balança de que o prefeito atual venceu as eleições em 2012 com a cidade dividida. De onde surgiu tanta confiança?

Sua participação foi excessiva nestas eleições, inclusive com denuncias de que viajava em horário de expediente para acompanhar seu candidato ao governo.

Sua participação foi antagônica à participação do governador que, mesmo sem aparecer muito, conseguiu eleger seu sucessor, eleito no 1º turno com a mesma porcentagem de aprovação do governo atual.

O DEM míngua em todo o país e pela primeira vez não elege nenhum governador. A prefeitura de Salvador é um último fôlego deste partido neto da ditadura militar. Isto prova que a população não aprova mais a política reacionária, coronelista do DEM.

ACM Neto, derrotado, terá agora pela frente que se segurar no apoio a Aécio Neves. Suas obras nestes quase dois anos porém só remetem a uma pequena parcela da população. Sua política voltada para a classe média, classe média alta, não o favorece. Não à toa,

Dilma e o PT tiveram expressiva votação na capital.

O que resta a ACM é o poder midiático das empresas de comunicação da família. Mas nem isto pesado tanto ultimamente.

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