A Sala Walter da Silveira presta uma homenagem ao grande cineasta português Manoel de Oliveira, morto no último dia 2 de abril. Aos 106 anos, Manoel de Oliveira era , até então, o realizador mais longevo do mundo, mantendo-se em atividade mesmo após um século de vida. Na próxima quinta-feira, 16, a partir das 17h, o público de Salvador vai poder conferir dois momentos do cineasta: o documentário de Paulo Rocha “Manoel de Oliveira, o arquiteto”, que leva o diretor para a frente das câmeras, e o seu primeiro longa metragem, “Aniki Bóbo”, de 1942.  A entrada é franca e as sessões têm o apoio do Consulado Geral de Portugal em Salvador.

Homenagem a Manoel de Oliveira

Sala Walter da Silveira

Dia 16/04

Entrada franca

Apoio: Consulado Geral de Portugal em Salvador

17h

Manoel de Oliveira, o arquiteto (Cinéma de notre temps: Oliveira l'architecte, FRA/PORT, 1993)

Direção: Paulo Rocha

Duração: 61 minutos

Documentário

Classificação: Livre

Sinopse - Enquanto escrevia o roteiro de ‘Vale Abraão’, o realizador Manoel de Oliveira passa uma semana com Paulo Rocha, concedendo-lhe entrevistas para este documentário. Fala sobre sua aproximação com a sétima arte, nos primeiros anos em que trabalhou como ator e teve o apoio do pai para financiar as experiências na direção, até os anos mais recentes e o vigor de continuar fazendo filmes que não tenham medo de desafiar seu público.

18h30
Aniki Bóbó (PORT, 1942)
Direção: Manoel de Oliveira
Duração: 68 minutos

Elenco: Horácio Silva, Fernanda Matos e António Santos

Classificação: Livre

Sinopse - Primeiro longa de Manoel de Oliveira. A história tem como cenário os bairros populares do Porto, onde as crianças são pobres, livres e aventureiras, mas enfrentam todos os problemas do mundo adulto. Entre os meninos Eduardo e Carlinhos, brota uma rivalidade pelo amor de Teresinha – que leva a um roubo e a um acidente com muitas conseqüências. Por sua naturalidade e despojamento, Aniki-bóbó foi considerado pelo crítico francês Georges Sadoul como precursor do neorealismo. O título refere-se a uma fórmula mágica que, nas brincadeiras infantis, permite determinar quem é a polícia e quem é o ladrão.