Salvador recebe um evento inédito na véspera do próximo feriadão. O minidocumentário “Fui Pra Rua e Volto Já”, que trata da independência do Brasil na Bahia, terá seu lançamento oficial no dia 6 de setembro, às 20h, no Largo da Mariquita, Rio Vermelho.

A exibição de um filme aberta ao público, seja de ficção ou documentário, curta ou longa-metragem, é inédita no Largo da Mariquita, local que já recebeu shows, como no Festival da Primavera de 2016. O minidocumentário é independente e foi idealizado, financiado e dirigido pelo jornalista Lucas Franco.

“Exibir um filme sobre o 2 de Julho, Independência do Brasil na Bahia, em plena véspera de feriado da data oficial da independência do país, não é coincidência”, afirma Lucas, que planeja fazer novos minidocumentários sobre outras datas e fatos históricos.

“O ‘Fui Pra Rua e Volto Já’, na verdade, é um programa transmídia que também contará com produções de podcasts e artigos em blog. Até o momento, tenho financiado todo o trabalho, mas com o sucesso do filme sobre o 2 de Julho, quero viabilizar o financiamento para novos trabalhos”, conta o jornalista baiano.

Calendário de exibições.

Além do lançamento no Largo da Mariquita, na noite de 6 de setembro, o filme também será exibido na hamburgueria The Reef Lounge Burger, em Jaguaribe, no dia 7 de setembro, às 20h. Logo depois, o filme será exibido na página do Facebook do “Fui Pra Rua e Volto Já” em três episódios. O primeiro vai ao ar no dia 8. O segundo e terceiro episódios serão disponibilizados nos dias 15 e 22, respectivamente

O que será visto no filme?

O minidocumentário “Fui Pra Rua e Volto Já” aborda a data histórica mostrando o tradicional cortejo de 2 de Julho, que vai da Lapinha ao Campo Grande, e a relação dos baianos com com o evento. O filme também inclui imagens da cidade e até a vibração das torcidas do Bahia e do Vitória na Arena Fonte Nova e no Barradão, respectivamente.

“Muitos estavam no cortejo de independência para lembrar do 2 de Julho, mas aproveitando a deixa, curtiam a festa”, contextualiza o assistente de cinegrafia do filme, Anselmo Campelo.

Em um momento mais polêmico, o minidocumentário mostra a insatisfação de alguns participantes do cortejo que reclamam sobre a festa ter perdido sua verdadeira “identidade”. A produtora do filme,  Loiá Fernandes, acredita que esse assunto deve ser analisado com um olhar mais cuidadoso. “É uma festa que mantém um espaço de manifesto, espaço de expressão política, social e racial”, opina.

O diretor de fotografia e cinegrafista do filme, Angelo Rosário, acrescenta que a festa foi bem organizada. “Me chamou a atenção a quantidade de pessoas na rua. Muitos policiais nas ruas também”, conta Angelo. Apesar da admiração pelo evento, Angelo ressalta que a data não é tão lembrada pelos participantes. “São poucos os que se referem ao que aconteceu na época da independência com propriedade”, opina.