Uma oportunidade única para os interessados em conhecer melhor a Guitarra Baiana. O instrumento brasileiro que ganhou a admiração de nomes como Pepeu Gomes, Davi Moraes, Jean Paul Charles, Luiz Caldas e Yonsen Maia; terá um workshop só para ele, ministrado pelo seu criador, Armandinho Macêdo. No próximo dia 5 de fevereiro, das 14 às 16 horas, no Teatro Rubi - Sheraton da Bahia Hotel Teatro Rubi - Sheraton da Bahia Hotel, acontece o Workshop de Guitarra Baiana com Armandinho Macêdo.

No local, o artista, perito no dedilhado, que tem lotado os Ensaios Elétricos, evento realizado no Projeto Tamar da Praia do Forte, fala para estudantes de música, instrumentistas e demais interessados, sobre a história da guitarra baiana desde a sua criação até os dias de hoje, técnicas de uso e execução da Guitarra Baiana. Ao final, será sorteado uma guitarra baiana de Armandinho. O workshop é patrocinado pela Caixa  e tem a realização da Trevo Produções e Falcão Produções, com o apoio do Teatro Rubi.

Guitarra Baiana – Se existe um instrumento que mudou para sempre a música baiana, ele pode ser batizado de Guitarra Baiana. Desde seu projeto embrionário, batizado de pau elétrico, ao modelo atual, o braço de violão, que se juntou a um pedaço de madeira e cinco cordas, seduz os amantes da boa música. Foi de Armandinho Macêdo a idéia de transforma a versão inicial para o modelo que é vendido hoje nas lojas. O instrumentista acrescentou uma quinta corda e mandou fazer uma guitarra do tamanho do cavaquinho. Assim nasceu a guitarra baiana, no final de década de 70.  Para muitos historiadores,  foi o pivô do crescimento do Carnaval da Bahia, já que o trio elétrico criado por Dodô e Osmar foi produzido para os artistas tocarem.

Armandinho Macêdo – em 1964, com apenas 10 anos, começou sua carreira. Filho de Osmar, inventor do trio elétrico junto a Dodô, puxou um trio mirim que o pai fez especialmente para ele. Com 15 anos, venceu um importante concurso de calouros na Bahia e ficou em segundo lugar na edição nacional. No final dos anos 70, monta o grupo "A cor do som". Com este projeto, que durou cinco anos, foram gravados cinco discos, além de algumas turnês nacionais e internacionais. A partir dos anos 90, o musico é convidado para integrar o "Brasil Musical".  O projeto reuniu os 20 maiores instrumentistas brasileiros para percorrer todo o país gravando e divulgando a MPB Instrumental. Em 2004, foi indicado ao Grammy Latino na categoria de melhor álbum instrumental com o CD "Retocando o choro ao vivo", o que lhe rendeu uma turnê no Brasil e exterior.

Em 2007, criou o "Pop Choro", um espetáculo autoral no qual dedilhou os seus maiores sucessos instrumentais, que também foi lançado na Europa. Em 2008, foi a vez do show "AfroBossaNova". Em 2009 Armandinho lançou dois CDS pela gravadora Biscoito Fino o "Pop Choro" e "AfroBossaNova". No final de 2009, realizou uma turnê com o guitarrista Americano Stanley Jordan. Neste mesmo ano, teve uma segunda indicação ao Grammy. O "AfroBossaNova" concorreu na categoria Melhor Álbum Instrumental. Em 2012 Armandinho dividiu o palco em um show com Stanley Clarke (EUA) e tocou para mais de um milhão de pessoas Brazzilian Day de New York. Em 2013, nos 70 anos da Guitarra Baiana, o instrumento foi tema do Carnaval de Salvador. Em 2014 comemorou 50 anos de carreira com o projeto 50 Carnavais, que contou com vários artista que são destaque nacionalmente.