A Oficina Panos que Contam, propõe uma experimentação, integrando a costura livre e o contar histórias, por meio da técnica das Arpilleras. Utilizando retalhos de várias cores, costurados à mão, sobre a juta, tece-se uma história de vida. Construímos um espaço de confiança e cooperação, numa Roda de pessoas, em processos criativos, interagindo com seus afetos, suas memórias, numa troca onde se escutam e se contam histórias.
A arpillera é uma técnica de arte têxtil que tem referências numa antiga tradição popular, iniciada por um grupo de bordadeiras de Isla Negra, litoral central do Chile. No contexto da ditadura militar do seu país, nos anos 70, num estado em que não havia liberdade de expressão, grupos de mulheres, teceram narrativas sobre a violação dos direitos humanos dos cidadãos e chamaram a atenção do mundo. Por meio da costura à mão, em sacos de juta, usando retalhos e até paninhos de roupas de entes queridos desaparecidos, desenvolveram uma produção de Arpilleras e, posteriormente, esse trabalho veio a compor uma exposição que percorreu vários países, contando suas experiências de resistência e expressão de sentimentos.

A Oficina

Propomos um trabalho que contempla as trajetórias de cada pessoa, estimula a convivência e a inclusão social, por meio de atividades integradoras, resultando em aumento da autoestima e melhoria da qualidade de vida.
A Oficina Panos que Contam é uma experimentação pessoal para mulheres a partir da adolescência até a velhice, propondo interfaces entre as linguagens do costurar e as narrativas, brincando com a poética dos fios, cores e palavras, num processo coletivo de troca de saberes e experiências.
Ao final do trabalho, cada pessoa produz uma narrativa oral e visual como registro do seu processo criativo. Os alunos recebem um certificado e produzem uma exposição pública dos trabalhos desenvolvidos durante as aulas.

Objetivos
• Provocar movimentos internos de livre-expressão, numa perspectiva estética;
• Estimular e apoiar vínculos comunitários e identitários;
• Recuperar as práticas lúdicas no cotidiano.

Público-alvo: interessadas em geral, a partir de 15 anos (capacidade para 15 participantes).

Metodologia: Num ambiente acolhedor, as participantes vão ouvir e contar histórias, costurar à mão, utilizando linhas, agulhas e tecidos. Qualquer pessoa está habilitada para participar.
Ao final da oficina, os trabalhos são organizados numa exposição pública, mostrando a trajetória do grupo.

Atividades

Encontro 1 (4h)
• Dinâmica de acolhimento
• Roda de Apresentação
• Apresentação da proposta

Encontro 2 (4h)
• Confecção da Arpillera individual
• Apresentação das Arpilleras – relatos da experiência
• Exposição
• Avaliação e encerramento

Conteúdo
• Narrativas
• Costura e bordado livres

e-mail: Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

Data: 01 de setembro de 2018
Horário: 9 às 18h
Participantes: 20 vagas
Carga horária: 8horas
Local: Canto Alumiar – Rua Doutor Fernando Studart, 212, Pituba, Salvador/BA