Desastro é uma peça de arte contemporânea para pré-adolescentes e adolescentes – mas também para adultos nostálgicos e fãs de David Bowie. Uma música do astro, Space Oddity, inspira o roteiro e dá o tom de toda a cena, que recria a aventura de Major Tom, da letra da canção, em clima de universo sideral e ficção científica protagonizada por superamigos.

As sessões integram uma temporada de circulação de repertório dos artistas-gestores da Dimenti Produções Culturais, como parte de Móbile, que completa 18 anos em 2016. Além de Desastro, o espetáculo Souvenir, de Jorge Alencar, e os curtas IFÁ e Laje do Céu, de Leonardo França, voltam a encontrar plateias baianas também nas cidades de Itacaré e Santo Amaro, na primeira quinzena de maio, antes de retornarem à capital.

O espetáculo - Com sua excentricidade espacial, Desastro tem concepção e direção de Neto Machado, que divide o palco com Bernardo Stumpf, Isaura Tupiniquim, Jorge Alencar e Jorge Oliveira. Eles fazem dança, mas não exatamente uma coreografia com passos no ritmo da música. Fazem teatro, mas sem uma história com início, meio e fim. Fazem um concerto de rock’n roll, mas sem banda nem cantor.

A trilha sonora é ponto de partida e questão fundamental, com a música de David Bowie, Space Oddity, que trata de uma viagem ao espaço, na tentativa de explorar o desconhecido. Assim, Desastro aproxima duas adolescências, a do autor, que parte de suas memórias e referências para construir o futuro de seu passado, e a do público. São duas gerações que escutam músicas diferentes, que têm referências tecnológicas diversas, mas que compartilham um prazer constante de ficcionalizar o mundo e de dar movimento a ele.

Dimenti Produções Culturais - Fundada em 1998 em Salvador, Bahia, a Dimenti Produções Culturais é um ambiente de criação artística e de produção cultural que articula campos como teatro, dança, cinema, curadoria e comunicação. Os artistas-curadores-produtores que estão à frente do coletivo são Ellen Mello, Fábio Osório Monteiro, Jorge Alencar, Leonardo França e Neto Machado. Ao longo desses 18 anos, o Dimenti já se configurou também como um grupo artístico, e hoje se dedica à gestão das criações de seus membros, assinando projetos autorais e também atuando como produtora de iniciativas de outros realizadores.

Fundo de Cultura do Estado da Bahia (FCBA) – Criado em 2005 para incentivar e estimular as produções artístico-culturais baianas, o Fundo de Cultura é gerido pelas Secretarias da Cultura e da Fazenda. O mecanismo custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são, preferencialmente, aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada. O FCBA está estruturado em 4 (quatro) linhas de apoio, modelo de referência para outros estados da federação: Ações Continuadas de Instituições Culturais sem fins lucrativos; Eventos Culturais Calendarizados; Mobilidade Artística e Cultural e Editais Setoriais. Para mais informações, acesse: www.cultura.ba.gov.br