do corpo da bailarina em articulação com o músico. O corpo-sonoro é compreendido como orgânico, acústico e sintético,e a composição musical é criada a partir das movimentações das três bailarinas que interagem em tempo real.

Reflexão e interação

O espetáculo propõe questionamentos sobre as relações pessoais e afetivas na cultura do virtual, na qual tecnologia está cada vez mais presente - móvel e miniaturizada. “Vivemos no mundo dos avatares, do videogame, do GPS, da videoconferência, dos chats e whatsapps”, observa Ivani. No palco, os bailarinos passam grande parte do tempo em contato com dispositivos digitais que estendem, reduzem, lançam, transportam as coreografias para outras dimensões, interagindo com um robô em ambiente virtual.

Em Personare, a apreciação de um espetáculo de dança vem junto à reflexão dos dias atuais, um tempo  em que o contato com dispositivos digitais estendem, reduzem, lançam, transportam nossas vidas para outras dimensões. “Qual a  nossa compreensão de presença e ausência? Esta obra reflete sobre as transformações da vida contemporânea, sobre as mudanças no nosso comportamento, no nosso entendimento sobre perto e longe, junto e separado”, propõe a coreógrafa.