A exposição busca uma reflexão sobre a diversidade nas múltiplas perspectivas sobre o espaço urbano de Salvador. O diálogo entre as obras fotográficas fundamenta-se no entendimento individual dos seus participantes, bem como na interpretação do observador. Considerou-se a importância do contexto acidental na produção do olhar, pensamos como o determinado e o indeterminado pelo acaso colaboraram na construção de nossos olhares sobre a cidade. 
As fotos foram frutos de uma imersão no campo urbano estimulados através do curso de fotografia do Senac, ministrado pelo professor Péricles Mendes, em que através de itinerários pela cidade de Salvador repercutiu-se em poéticas individuais.

O fato, é que a cidade de Salvador é sentida e percebida por cada um de forma singular, e podemos observar isso nessa exposição coletiva. Como resultado serão expostas dezoito fotografias extraídas desse fluxo acidental, que revela a diversidade dos entendimentos e sentimentos sobre a mesma cidade.

É possível caminhar pelas obras e sentir a delicadeza de cada participante, seja na arte expressa nos muros da cidade, nas cores das janelas ou nos telhados que revelam a malha urbana que cresce desordenada pulsante em cores e texturas. 
Nessa exposição há uma clara influência das águas no contexto de Salvador, e evidencia uma relação cotidiana dos soteropolitanos com o mar, seja no contemplar de uma paisagem, ou na sua relação com o trabalho e o lazer, as águas refletem muitas das emoções contidas no ser. Poderemos ver essa poética em grande parte das fotografias aqui expostas, seja a flor que navega solitária, ou os barcos que traçam seus caminhos para o mar... nos telhados a espera da chuva, as pombas sobre o céu que aguardam a chuva que dorme e principalmente as paisagens marítimas que nos rodeiam por quase todos os lados em Salvador trazendo a melancolia da despedida do sol.