A artista visual Ieda Oliveira desembarca com o seu imaginário criativo, relacionado com o universo das feiras livres, na sua mais nova exposição, Andando e Dormindo – A Sorte é Cega_Circuito Performático. A mostra instalativa irá transportar o público da galeria do Goethe Institut - Instituto Cultural Brasil Alemanha - ICBA, de 15 de maio (sexta-feira), às 18h30, a 27 de junho, pelo espaço lúdico e popular das feiras e sua gente. O projeto foi contemplado pelo Prêmio Setorial de Artes Visuais do Governo da Bahia, em parceria com o Goethe Institut.

A exposição é fruto do processo artístico desenvolvido por Ieda Oliveira em cinco cidades baianas - Ubaíra, São Gabriel, Mutuípe, Monte Santo e Salvador -, onde propôs uma intervenção performática, convidando pessoas a participarem de uma rifa gratuita, com prêmios diversos, desde bodes e porcos à eletrodomésticos. O resultado era, inicialmente, um misto de desconfiança, timidez e atitude por parte dos feirantes, indo à uma total aceitação e interação entre a artista e o povo, demonstrando como a arte em seus mais diversos propósitos consegue tocar e chegar ao universo, mesmo daqueles mais distantes.

Na exposição o público poderá ter contato direto com as gigantes cartelas Raid das Moças, que se transformaram, pela ação direta do público, em objetos ímpar, com os registros de cada um dos participantes, que assinaram os seus nomes, deixando suas marcas, seus traços, por fim, sua identidade. Além disso, vídeos serão exibidos com o resultado das ações praticadas em cada uma das cinco cidades, revelando um pouco do contexto em que as performances aconteceram, e deixando claro a relação simbiótica que foi estabelecida entre todos os envolvidos. Os visitantes terão também a oportunidade de vivenciarem, in loco, o ambiente peculiar das feiras, com a instalação de frutas, que estarão distribuídas pelo espaço e poderão ser consumidas.

A artista Ieda Oliveira, tem uma trajetória na arte contemporânea desde 1994, onde participou de bienais da Bahia, São Paulo, Mercosul, Trienal de Luanda, mostras nacionais e internacionais, além de residências artísticas internacionais em Hamburgo, GE e Taiwan, TW. Atualmente está participando da mostra Nordeste de Artes Visuais, que irá percorrer vários estados, e prepara-se para lançar o catálogo que irá marcar os 20 anos de carreira.

Sobre Ieda Oliveira

Ieda Oliveira, Santo Antonio de Jesus-BA – 1969, vive e trabalha em Salvador-BA. Doutoranda em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia, Escola de Bela Artes (2013), Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia - UFBA em 2009. Graduada em Artes Plásticas pela mesma Universidade, em 1998. Lecionou como professora substituta nessa universidade nas disciplinas Teoria e Técnica da Pintura, Composição Decorativa I e Composição Decorativa II (2002-2004/2007-2009/2011-2012). Lecionou em 2011/2012 na Universidade Católica de Salvador - UCSAL, no Curso de Artes Visuais, desenvolveu Oficinas de Pintura Contemporânea e Performance no Museu de Arte Moderna da Bahia MAM e no Conjunto da Caixa Cultural.

Ganhou vários prêmios. Vem mostrando sua produção em exibições nacionais e internacionais, tais como: III Bienal da Bahia, 26ª Bienal Internacional de São Paulo, III Bienal do Mercosul, II Trienal de Luanda. Fez residências artísticas na Kunstlerhaus de Hamburgo, na Alemanha, e no Taipei Artist Village, em Taiwan. Realizou mostras individuais em Berlin, Munchen e Siegburg, Hamburgo, Alemanha.

Participou de mostras coletivas no Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB, Rio de Janeiro e na SOSO, Galeria de Arte Contemporânea em São Paulo, atualmente participa da Mostra Nordeste de Artes Visuais, que está em circulação por vários estados, como Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Alagoas, Sergipe e, em breve, na Bahia. Em Salvador, já expôs diversas vezes no Museu de Arte Moderna da Bahia, Museu da Bahia, Goethe Institut, Galeria Acbeu, dentre outras galerias. Vem realizando performances nas ruas da capital baiana e em cidades do interior da Bahia. O seu interesse temático reflete e revela aspectos originais do cotidiano baiano e nordestino com a interface transdisciplinar na contemporaneidade, conectando o local ao global.