Um recontar a história a partir de artes milenares. Essa é a tônica da exposição Arte Rupestre Urbana , do artista visual e museólogo Naum Bandeira. A mostra marca os 15 anos de carreira do artista que boa parte da trajetória se dedica em pesquisar as obras registradas em rochas há mais de 11 mil anos. A exposição será aberta com uma vernissage no dia 21 de julho (segunda-feira), às 20hs, no Espaço Xisto Bahia e estará aberta ao público até o dia 24 de agosto, com entrada gratuita.

Um vídeo-arte-educação, telas com tecido reciclado de garrafa pet, grafitti - colagem e esculturas em  miniaturas de papel compõem uma mostra da pesquisa sobre pinturas rupestres ao redor do Brasil. Desenhos milenares inscritos em pedras por humanos pré-históricos que já demonstravam sensibilidade artística, usando materiais diversos para relatar fatos marcantes com cores e formas que perduram através do tempo. “É uma arte antiga e, ao mesmo tempo, bem atual, basta ver os grafitis nos muros da cidade. Meu trabalho pretende mostrar o quão artístico e rica é a arte rupestre em pleno século XXI”, conta Naum Bandeira.

“Eu mastigo, rumino a arte produzida por estes homens há milênios atrás e reproduzo com uma linguagem contemporânea”, relata Naum. Bandeira conhece diversos ambientes no Brasil com arte rupestre e transpõe os desenhos que vê em rochas em diversas linguagens na intenção de manter viva e atual a riqueza histórica pouco conhecida pela população em geral.

Da linguagem audiovisual, passando por pinturas e até ferro recortado, a exposição ganha ares artesanal e contemporâneo, rústico e delicado, com olhar complexo e sensível para a arte rupestre e atual. “Meu trabalho exige sensibilidade e dedicação, é uma pesquisa de mais de uma década que se transforma em elementos visuais para apresentar ao público”, comenta Bandeira.

15 anos de arte – A exposição Arte Rupestre Urbana, também marca a comemoração de 15 anos de carreira do museólogo e artista visual Naum Bandeira. Ao longo desse tempo de trabalho e dedicação, Naum ganha notoriedade com exposições individuais e coletivas, nacional e internacional.

Desde sua primeira exposição, na antiga Livraria da Torre (hoje espaço Commons, no Rio Vermelho), o artista já mostrou suas obras no Museu de Arte Moderna da Bahia e até na Trienal de Luanda, em Angola. “São 15 anos de caminhada com uma pesquisa que me motiva e me completa como artista e ser humano”, relata Naum.