O Sarau Bem Black encerra nesta quarta-feira (12/02) o ciclo de rodas poéticas que vem realizando nas encruzilhadas do Pelourinho.  Para terminar em alto estilo, o evento acontece no Largo do Pelourinho, que simboliza um dos principais pontos de convergências do centro histórico. A concentração está marcada para as 18h30, em frente ao Sankofa African Bar, e o Sarau começa às 19h.

Este é o sétimo e último Sarau Bem Black nas 7 Encruzas do Pelô. Desde a primeira semana do ano, o evento está sendo realizado na rua, para marcar a fase de transição após o fechamento do Sankofa African Bar – que o abrigou durante quatro anos e três meses, até dezembro passado.  Inspirados pelo orixá Exú, aquele que abre os caminhos e detém o poder da comunicação, os encontros têm ocupado as esquinas, entre olhares admirados, curiosos e desconfiados.

A cada edição o evento batiza a encruzilhada  com o nome de um artista ou ativista negro da cidade, cujo trabalho seja exatamente o de promover o cruzamento de informações entre várias realidades. Nesta quarta, o homenageado é o DJ Sankofa, um dos grandes apoiadores do Sarau, que sempre abriu democraticamente as portas do Sankofa African Bar para as distintas manifestações artísticas.

Nas outras semanas, as encruzilhadas receberam os nomes dos “Exus” Léo Ornelas, fotógrafo militante que cobre as mais variadas manifestações político-culturais da cidade; Geovani Sobrevivente, poeta que mantém o canal de vídeo-reportagens Coisa Forte; Negrizú, um dos destaques da dança afro baiana; Jorge Washington, ator do Bando de Teatro Olodum; Negra Jhô, trançadeira e dançarina e da socióloga e militante Vilma Reis.

Iniciativa do Coletivo Blackitude: Vozes Negras da Bahia, o Sarau Bem Black acontece semanalmente. A interação é uma das marcas do sarau, bem como o fato dele ter se tornado palco para escritores que circulam à margem da literatura oficial, sejam autores jovens ou veteranos. Também é um ponto de encontro para amantes da poesia e da performance poética.