Tradição, autenticidade e mistura, estes são estes os ingredientes que darão o tom na próxima segunda-feira, dia 16, a edição de Itapuã do Festival da música Ilimitada. O evento acontece na Casa da Música, a partir das 18 horas, com as bandas Ganhadeiras de Itapuã, Tabuleiro Musiquim e RetroVisor. O Festival da Música Ilimitada é promovido pela Odò Produção Cultural, com o patrocínio da TIM e do Governo do Estado da Bahia, através do Programa Estadual de Incentivo ao Patrocínio Cultural, FAZCULTURA. A selecionada desta etapa concorre com o pop da Giramente (Camaçari), do rock da Efeito Manada (Alagados), do rap do Os Agentes (Sussuarana), o pop do O Terreiro (Plataforma) e o afro do Preto Sábio (Engenho Velho de Brotas) e o rap da Nouve (Cajazeiras).

Bandas - As Ganhadeiras de Itapuã é composto, na sua essência, por antigas lavadeiras da Lagoa do Abaeté, que guardam a memória de um saber ancestral. À beira da lagoa, elas lavavam e nos intervalos havia batuques, sambas de roda, cantorias e contavam histórias. O grupo é composto por vinte e cinco jovens e senhoras, que exercem profissões diversas. Nas apresentações musicais ornamentam-se com roupas coloridas, pano da costa, torços e colares de sementes. É integrado, ainda, por oito músicos que tocam instrumentos de corda - violão, violino, viola, bandolim, cavaquinho -, percussão - repique, atabaques, surdo, timbau, alfaia, tamborim, agogô - e sopro - flauta e pífanos - que se unem à sonoridade das vozes das Ganhadeiras de Itapuã, compondo uma música que grande parte tem autoria delas e de compositores de Itapuã, também reinterpretando temas clássicos sobre Itapuã e o mar.

A Tabuleiro Musiquim tem dois anos em atividade, um EP lançado em 2012 e um disco batizado de "imbigo" lançado em 2014. O grupo faz um som que funde o rock a gêneros mais regionais como o ijexá, o fricote e ritmos latinos. A influência é por artistas que marcaram o final da década de setenta como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Novos Baianos e também de outros que participaram da fase conhecida na Bahia como pré axé music como Luiz Caldas e Armandinho. A atração é formada por Silvio de Carvalho (Voz e Guitarra), Victor Jesus (Guitarra), Henrique Duarte (Baixo) e Allan Villas Boas (Bateria).

Formada em 2010, a banda Retro Visor explora a linguagem universal da música instrumental, colocando em evidência o vibrafone como o comunicador e principal responsável pelas harmonias, melodias e improvisos. A junção entre a bateria, a percussão e o baixo forma no ouvinte a sensação de um único bloco sonoro. As apresentações do Retro Visor sempre contam com suporte da linguagem audiovisual, com projeções de fotos e vídeos. O repertório do grupo é basicamente autoral e as músicas dialogam com o rock, bossa nova, música afro-brasileira, funk e sinfônica. No EP lançado em 2012, o Retro Visor reuniu quatro faixas autorais e uma bônus track, versão para ""Chega de Saudade"", de Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim.

Música Ilimitada - No projeto, dez localidades de camadas populares, sendo oito em Salvador e uma em Lauro de Freitas e outra em Camaçari, funcionam como polos musicais, nos quais três bandas se apresentam e uma se classifica para ficar entre as dez, que disputam as seis vagas para a grande final. Das mostras serão classificadas dez bandas que serão submetidas à votação popular, através da internet, que escolherá um representante. Outras cinco serão indicadas por um júri formado por renomados profissionais da música baiana. Entre os critérios de seleção, os jurados avaliarão interpretação, qualificação técnica do grupo, mérito artístico, autoralidade, originalidade e performance de palco.Nas finais as seis bandas selecionadas se apresentarão, no mesmo palco com atrações de destaque da música brasileira. Os três primeiros colocados do festival serão contemplados com diversos prêmios para melhor gerenciamento de carreira.