Paquito por enquanto é o título do novo show de Paquito, cantor e compositor com folha corrida no rock baiano, gravado por Bethânia, Jussara Silveira e Daniela Mercury. Em cartaz apenas dois dias, abrindo a programação de julho no Teatro Gamboa Nova, dias 03 e 04 (sexta e sábado), 20h.
“A gente está em constante vir-a-ser, convivendo com a ilusão da constância, daí o título. Além disso, mesmo tendo feito shows autorais sozinho, sinto meu ego difuso entre meus parceiros e minhas referências, que se almagamam como num caleidoscópio. O show é isso:um caleidoscópio” – explica Paquito. Gerônimo, Ronei Jorge, Arto Lindsay, Eduardo Luedy e Fernando Pessoa compõem o elenco das vastas parcerias de Paquito que, enquanto se prepara para o show, também trabalha na gravação de um novo cd, produzido por ele e Cândido Neto, seguindo a trilha do seu disco Bossa trash, lançado há 6 anos, quando decidiu gravar apenas com seu violão de cordas de aço e participações de amigos como Jussara Silveira e Bruno Fortunato, guitarrista do Kid Abelha: “Na época, me sentia verde pra fazer um disco assim, quase só. Com o tempo, fui curtindo e me sinto mais maduro com esse formato simples, porém variado, pois ando cheio de canções novas e venho cantando e retrabalhando algumas da época da banda Flores do Mal, minha banda de rock dos anos 80, além de coisas das antigas, de Humberto Teixeira a Batatinha”.
Com tanto material, o artista pensa em fazer dois cds, um sozinho e outro com a Banda Babosa, ainda inédita, formada por ele, Rex (bateria), Morotó(guitarra) - amigos dos Retrofoguetes - e Nuno Ricardo, no baixo; gente com quem ele trabalhou nos Sete cabeludos, banda cover de Roberto Carlos. Nascido em Jequié – Bahia, e se auto-definindo “jequietcong”, Paquito foi gravado por Maria Bethânia - sua canção Brisa, sobre versos de Manuel Bandeira, está em dois Cds da cantora - e Sarajane. Produziu, em parceria com Jota Velloso, dois Cds premiados de samba baiano (Diplomacia, de Batatinha – prêmio Sharp de melhor disco de samba, 1999, e Humanenochum, de Riachão, 2001, indicado ao Grammy latino) com participações de Caetano, Gil, Chico Buarque e Bethânia, entre outros. Paquito gravou o Ensaio de Fernando Faro, na TV Cultura,em 2004, e lançou dois Cds autorais: Falso baiano (2003) e Bossa trash (2008), de propostas distintas e, ao mesmo tempo, complementares. De 2006 a 2014, Paquito foi colunista da revista virtual Terra Magazine de Bob Fernandes. |