Em turnê pelo Brasil, o rapper haitiano Vox Sambou faz show em Salvador no dia 01 de outubro, na Praça Pedro Archanjo, no Pelourinho. Radicado no Canadá, Vox apresenta sua música, que dialoga com ritmos como jazz, afrobeat e reggae e fala sobre negritude. O artista é o convidado especial do evento Blackitude Na Rota da Rima, que conta com a performance Candomblackesia, de Nelson Maca & Afro Power Trio e discotecagem do Sistema Kalakuta, formado pelos DJ's Sankofa e Dudoo Caribe. Os shows começam às 19h e o ingresso tem preço único de R$10.

Esta é a segunda vez que Vox Sambou se apresenta em Salvador. A primeira foi em 2008, também em parceria com o Coletivo Blackitude. Desta vez, o artista estará acompanhado dos músicos Jean-Daniel Thibault-Desbiens, Diegal Leger, David Ryshpan e Christopher Cargnello e da cantora Malika Tirolien, de Guadalupe. Além de se apresentar ao lado de Vox, ela cantará algumas canções de seu repertório.

O show marca o lançamento do CD Brasil Session, terceiro trabalho solo de Vox Sambou, que conta com participações locais, a exemplo do rapper Rael da Rima (SP). O CD será vendido a R$ 20. Antes de Salvador, eles se apresentam em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, entre os dias 25 e dia 27. No Rio, o grupo é atração do Tributo a Nina Simone, com show comandado por Malika. Encerrando a temporada, voltam a se apresentar em São Paulo, no dia 2 de outubro.

Vox Sambou desenvolve seu trabalho solo em paralelo com o grupo de rap canadense Nomadic Massive, que se destaca por sua formação multiétnica – com artistas de países como Haiti, Chile, França, China, Argentina e Barbados – e textos que falam de diásporas, injustiças sociais e transformação, trabalhando o conceito de nomadismo cultural. Vox também tem uma importante atuação social no centro comunitário Casa de Jovens de Cote-des-Neiges em Montreal.

Candomblackesia - Antes de Vox Sambou, o público confere o projeto Cadomblackesia, que une os poemas de Nelson Maca às sonoridades percussivas, ao sopros de trompete e às batidas eletrônicas e scratches das pick ups. A apresentação é dividida em partes, que fazem saudação aos orixás, com destaques para Exu, Xangô, Iansã e Oxalá. Poemas como Encruzilhada, Matança e O Respeito são embalados pelas batidas vigorosas de Jorjão Bafafé - que tem uma longa trajetória na música baiana e coordena o bloco afro Okánbi; pelas linhas melódicas de João Teoria, músico que acompanha vários artistas e atualmente integra a Orkestra Rumpilez e grupo Skanibais; e pelas intervenções sonoras – samplers, citações, efeitos - do Dj Gug.

A performance estreou no XX Panorama Percussivo Mundial – Percpan, no ano passado, e já foi apresentada em espaços com o Teatro Gamboa Nova e eventos como a Balada Literária, em São Paulo, o Dominicaos e o Festival de Ilustração e Literatura, em Salvador.

Durante a abertura, encerramento e intervalos entre as apresentações, o público terá oportunidade de dançar ao som do Sistema Kalakuta, dueto formado pelo Dj baiano Dudoo Caribe e pelo ganense Dj Sankofa. O repertório da dupla é composto por ritmos africanos como o afrobeat, juju music, high life, afro funk, entre outros.