A convite do Projeto Ativa (Ocupação Coaty), o Low Fi – Processos Criativos iniciou uma pesquisa/ação em diálogo com o espaço que abrigava o “Restaurante Coaty”.
Com uma equipe multisciplinar, envolvendo urbanistas, performers, artistas visuais e sonoros, montamos a performance multimidia Lina Bo Bardi Expandida, que estará aberta ao público nos dias 3 e 4 de junho.
A cada dia, serão ativadas duas performances multimídias, site specific, incorporando os elementos do ambiente e fragmentos do pensamento e memória da arquiteta Italiana, com curadoria de Edbrass Brasil.
Dia 03/06 (sexta) + Bloco// Maurício Takara (SP), Solange Valladão (fotografia/pesquisa), Caetano Britto (Projeções). + Radioarte / radio coaty com E:dB, Katherine Funke e Laura Castro
Maurício Takara é, desde a formação do Hurtmold no final dos anos 90, um dos mais proeminentes e ecléticos músicos da cena brasileira contemporânea. Sua produção musical, sempre muito particular, nunca deixa de transparecer uma atenção às inovações e criações sonoras em diversos nichos da produção nacional e internacional.
Além dos vários grupos (Hurtmold, Coletivo Instituto, São Paulo Underground, Puro Osso) e parcerias (Baobá Stereo Club, Rodrigo Campos, Naná Vasconcelos, Elma etc) das quais participou nos últimos 16 anos como multi-instrumentista, Takara também mantém uma consistente carreira solo desde 2003, na qual explora recursos eletrônicos como sintetizadores, pedais e bateria eletrônica.
Tendo passeado por diversos estilos, que vão do post rock ao jazz e do trip hop à música clássica, a música de Maurício é toda ouvidos. Sua sensibilidade para a combinação e reinvenção de estilos e proposições estéticas reflete uma posição extremamente aberta e, ao mesmo tempo, direta e precisa quanto à relação com suas influências, os sons que o cercam e sua própria produção musical.
Durante a performance do baterista paulista, Caetano Brito irá projetar a série de fotografias com câmera pinhole e filmes p&b vencidos em 2002, de Solange Valladão, reunindo imagens das pesquisas que realiza desde 2013 sobre o Centro Histórico de Salvador.
Estas pesquisas têm o objetivo comum de estudar e compreender, no cotidiano atual e nos rastros históricos, o que molda o processo de segregação que configura este espaço desde a fundação da cidadela em 1549. A muralha e seus portais foram o marco inicial, mas a segregação que eles impuseram segue em novas formas urbanas e sociais. |