“Salvador vive num cenário cultural onde os artistas que circulam nos espaços culturais condicionam sua produção artística à tributos, homenagem a artistas já consagrados ou formatos restritivos. Porém, sabemos que esses mesmos artistas tem o talento autoral suficiente para nos surpreender de muitas formas”.  Explica Enio.

A Tropos Co. é um lugar que se propõe a ser um espaço cultural aberto a novas produções que se preocupam em apresentar o genuíno da criatividade e que queiram explorar novos territórios. E é nesse ambiente de epifanias, que o Coletivo LUPA (Loucos Unidos Pela Arte) apresenta artistas num formato lúdico e geométrico. Faces, arestas e vértices – formas e formatos que se juntam, se conectam e se completam – e de forma coesa e congruente, faces do meio artístico se conectam em Sólidos Platônicos.

F + V – A = 2

Sólidos Platônicos são formas geométricas convexas e regulares, em que a soma das faces com seus vértices menos as arestas dá 2. Quer dizer, a soma das faces dos nossos artistas com seus vértices, que é a convergência das conexões, e diminuindo suas arestas dá dois. O resultado matemático de Sólidos Platônicos é o par, e artistas em par forma um cenário de multilinguagem, que tentará nos desterritorializar rumo a uma experiência estética.

Enio traz seus brinquedinhos tecnológicos e Jadsa Castro seus timbres experimentais ditados por poemas, para mostrar com muita criatividade novos elementos sonoros. Gabriel Lima e Marcelo Stolze vão trabalhar projeções e artes plásticas, dialogando com os espaços e a música ao vivo. Luiza Agra traz a performance “Narcisa me”, idealizada pelo Coletivo Mouna, que levará para o público em forma de diálogo, uma vivência artística única.  São baianos, artistas, criativos e contemporâneos, e precisamos nos explorar coletivamente em direção ao inédito e genuíno.