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Dj Oli
Sábado 02 Julho 2016, 14:00

Acessos : 218

Vivenciar uma experiência alternativa em que o corpo se revela em sua intimidade - sem máscaras, sem amarras, sem palcos - como resultado de rituais transversais que buscam o empoderamento feminino, a negação da violência, a valorização da identidade... Assim nasce o Corpo em Casa, uma proposta artística que revela cocriações de dança, ocupando e transformando os espaços de um casarão colonial - onde o ambiente não é apenas um coadjuvante -, mas um local de inspiração onde afloram e fortalecem muitos movimentos. São com esses sentimentos e simbologias que serão apresentadas 11 proposições cênicas, com 17 dançarinos nacionais e internacionais, no Casarão Barabadá, no Santo Antônio além do Carmo (Centro Histórico de Salvador).

O Corpo em Casa abre a temporada nos dias 01 e 03 de julho, com Ethos, de Bárbara Freitas (SP); e O Horizonte é Quando a Vista Deita os Enganos do Mundo, de Ana Brandão e Thiago Cohen (SP/BA). As duas peças fazem parte da curadoria Enquanto o Popular me Atravessa..., de Nirlyn Seijas (Venezuela/BA). Já no dia 02 de Julho, o Casarão abre as portas para celebrar esse início de temporada e também para festejar a Independência da Bahia, com a festa AKWABA, com o DJ Oli e repertório franco africano. Na ocasião, o público terá oportunidade de saborear uma maniçoba típica e degustar a cerveja artesanal Rosa Roja, produzida no Barabadá.

Esses artistas transitam por múltiplas versões do corpo por sentirem-se acolhidos num espaço onde seus passos são inspirados pelas histórias de vida das mulheres que habitam e de muitas que já devem ter vivido no antigo casarão. Por meio desses elos que o Corpo em Casa toma forma. E entre os cômodos do Barabadá, se propagam os compartilhamentos, as representações das resistências, dos confrontos e dos manifestos cotidianos, além dos afetos e acolhimentos dessas relações espelhadas por atos de criação feitos em casa, de natureza artesanal (de quarto, de cozinha, de sala, de corredor), como diz Daniela Amoroso, dançarina, realizadora do Corpo em Casa e proprietária do Casarão Barabadá.

O Corpo em Casa é resultado desses encontros gerados entre Ana Brandão, Nefertiti Charlene, Nirlyn Seijas e Thiago Cohen, curadores e organizadores dessas obras, que dançam e criam juntos dentro de um universo possível para se expressarem. “Nós recebemos um convite de Nirlyn pra fazer parte de um processo criativo Há violência no silêncio?, em 2015, e em seguida transferimos nossos ensaios pro Casarão Barabadá, e foi apaixonante,  pois entendemos que nosso trabalho tem tudo a ver com o local, está ligado às histórias antigas, às paredes velhas e descascadas, às memórias do espaço que ora parece que desmorona, que pinga,  e que  tem o tempo nas paredes... Lá foi possível entregar-se com mais intensidade às nossas criações, e  consigamos, de fato, “mostrar a carne”, como costumamos dizer,”... lembra Ana Brandão.

Segundo os curadores, a proposta do encontro de dança é chamar pra pensar e fazer junto uma curadoria coletiva, em que possam criar e produzir em grupo, desde a concepção da obra até avaliações para novas experimentações da própria obra, proporcionando para Salvador, uma programação de dança mais presente no calendário cultural da cidade. Os artistas apontam que um dos grandes motivadores do projeto também foi a falta de incentivo às artes no cenário nacional e regional. “Sem recursos financeiros resolvemos convocar, coletivizar, trabalhar solidariamente como um ato de resistência para não sermos silenciados pela política da repressão nem da recessão, porque o que temos a dizer é importante, é relevante, é pulsante, é urgente”.

De uma forma mais intimista, o cenário antigo – arquitetura colonial - aproxima e propõe uma coreografia estética diferenciada. “Nós optamos em valorizar as relações entre plateia e artista, mudando a proximidade de quem assiste (público, testemunha) e de quem performa (expõe, artista). No Corpo em Casa todos viram partícipes da obra, tornam-se testemunhas, e não, meros expectadores”, explica Nirlyn Seijas, dançarina, curadora e artista colaborada do Corpo em Casa. O grupo conta com o total apoio de Daniela Amoroso, que abriu as portas da sua casa para uma proposta cênica dando margem à exploração mais autêntica e vivencial. “Porque sentindo-se em casa, somos convidadas a entrar nos nossos rituais mais íntimos e dançar esses rituais sem a tensão gerada por um palco de teatro. Dançando a complexidade de um espaço do centro histórico de Salvador, especificamente no bairro do Santo Antonio, o que pulsa são histórias de vida e principalmente vidas femininas, de guerreiras, deusas, flores e amores”.

O Horizonte é Quando a Vista Deita os Enganos do Mundo, dos intérpretes criadores: Ana Brandão e Thiago Cohen

A obra é resultado do encontro entre os artistas Ana Brandão e Thiago Cohen, mais que tudo fala do encontro, da dualidade, da infância, do que fica nos corpos de vivências e tudo mais com as danças populares...

Segundo os artistas ela se traduz bem pelo poema de Camila Sá

“Pisar com a palma dos pés, com a pluma das mãos, com a prece da pele.   Em cada ponto dessa terra.   Em cada par de ponta (ponta de areia) uma ponte se abre.

Caminho por ela. Cada ponte por onde passo: ponte-tábua, galho-ponte, ponte aérea, ponte artéria, deixo brotar um ponto novo: um ponto-cruz, um ponto-estrela, um ponto-ponte. (...)  Nossos pés estão repletos de raízes. E o mundo é um ninho imenso de raízes dançarinas, com vocação pra manguezal”.

Sobre os passos de Ana e Thiago

-Paulistas, artistas, dançarinos. Desde 2012 estão reunidos para dar corpo a ideias poéticas em coletivo e artesanalmente. Com o coletivo Amoràterra, realizaram o espetáculo musical Maré Cheia, com composições de músicas populares de Aura Maximiliano (SP).

- Direção da peça de dança O Revoar (SP).

- Participação no show de lançamento e em uma faixa do CD Aurora Negra, de Salloma Jovino Salomão (SP).

-Organização das performances da festa Tokaia, no Centro Cultural Rio Verde (SP).

-Com a orientação da dançarina Luciana Bortoletto, criaram e difundiram a ação Caminho do Rio (SP/BA).

-Assistência de direção do trabalho cênico Há Violência no Silêncio? estreado em 2015, no Casarão Barabadá.

 

Casarão Barabadá - Que lugar é esse?

Localizado na Rua Direita do Santo Antônio Além do Carmo, esse casarão que ainda traz traços da arquitetura colonial e características marcantes dos casarios do Centro Histórico de Salvador. É caminho para encontros, espaço para resistências e manifestos, mas também de muito acolhimento entre todos que moram e que passam por ele para deixar seus temperos, sua música, sua dança, sua arte. É também o corpo de cada dançarina (o), como conceitua Daniela Amoroso.

O Casarão Barabadá, que já foi chamado de Casa X (antiga moradia do multiartista Xisto Bahia), hoje traz em seu nome uma homenagem à Deusa Barabadá- meio sereia, meio mulher. O Barabadá foi rebatizado pelas suas moradoras, por ser considerado, hoje, uma residência artística habitada por mulheres com propostas de vida que se cruzam e se realizam por meio de ações colaborativas e produções coletivas, aberto ao acolhimento das expressões da arte e cultura com programações de rodas de samba, experimentações culinárias, intervenções de artes visuais e de dança.

“A casa vai se descobrindo a cada dia, ela vai mostrando suas fragilidades e suas fortalezas, e nós vamos encontrando nela formas de ser e fazer arte conectada com os próprios desejos de estar em sintonia com a luta das mulheres, de fazer essa luta em cada ensaio, em cada obra, em cada chá bebido, em cada comida preparada, em cada pedaço de parede que se desprende para revelar o interior do Casarão. Como um espaço de criação- maternal e artístico-, um espaço pra reconfigurar noções de “mulherada”, do feminino, da magia e sororidade”, conta a curadora Nirlyn Seijas.

 

Valor Grátis

A Jd apresenta músicas francoafricanas.

Localização  Casarão Barabadá - Santo Antonio
Rua Direita do Santo Antônio, 250, Santo Antônio Além do Carmo
Brasil/Bahia/Salvador
40301-280

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