Além de bem recebido pela crítica especializada, o disco integrou diversas listas dos melhores álbuns de 2014 e foi reconhecido internacionalmente no segmento world music. Mestiça ainda foi apontado como um disco bastante representativo da atual produção musical feita no Brasil.

Carreira – Nascida em Salvador, Jurema é cantora, compositora e historiadora. Começou a cantar aos 8 anos de idade ao lado do pai, o compositor e cantor Fábio Paes, fazendo shows em diversas cidades brasileiras. Adolescente, fez parte de um grupo folclórico itinerante de dança e música. Com esse grupo viajou pelo Brasil. Na mesma época, deu início à carreira autoral de cantora e compositora. Jurema também é professora de História das Culturas na PUC/SP.

Em 2000, iniciou uma parceria com o compositor, produtor musical e pianista Marcos Vaz, com quem concebeu seu primeiro CD autoral, distribuído pela gravadora Trama. Esse trabalho teve como referência os tropicalistas e a cena do mangue beat. Algumas de suas canções foram incluídas no CD  Divas do Brasil, distribuído na Europa e colocando Jurema ao lado de cantoras como Elis Regina, Gal Costa, Maria Bethânia e Cássia Eller.

Em 2005, realizou turnê pela Europa com um trabalho que depois veio a ser registrado em áudio e vídeo, ao vivo, no Teatro Castro Alves. Transitando no universo da música popular brasileira, mais voltado para a canção e música eletrônica, apresentava repertório autoral e parcerias com Zeca Baleiro, Tito Baiense, Marcos Vaz, além de músicas de Chico César, Roberto Mendes, Jota Veloso, Novos Baianos e clássicos de Dorival Caymmi.

Em 2014, realizou o registro fonográfico do disco Mestiça, definido como uma articulação sonora de matrizes europeias, africanas e indígenas em som e linguagens. Em 2015,  circulou com o show que leva o nome do CD, passando pelo Teatro Itaú Cultural (durante a Ocupação Elomar), Sesc Belenzinho e Tom Jazz, em SP, Levada Oi Ipanema, no Rio de Janeiro, Festival de Ilha Bela/SP e teatro Gamboa, em Salvador.