No encontro de dois apaixonados por Música Popular Brasileira, nasce a idéia de fazer uma conexão de pensamentos e torná-los vivos como viva é a música, ou melhor, o Samba. Assim, nasce o "Samba Quem Bossa".
A necessidade de interpretar sambas de uma forma particular, com sentimento, com o coração e mostrar que nele existe alegria e tristeza, ódio e amor, que tem saudade, tem solidão é o que dá vida e alimenta a natureza criativa do grupo. Seus integrantes são: Ana de Anis (voz), Robervan Hohenfeld (violão de 7 cordas), Marcos Faya (bandolim) e Paulo Calmon (percussão).
O grupo teve sua semente lançada em janeiro de 2011. Enquanto os amigos põem a conversa em dia, surge a idéia de fazerem um trabalho juntos e, em quase tudo que brota daquele revival, o interesse maior em comum é o samba. Samba na sua forma mais tradicional, vindo das canjiras, das rodas, dos morros, dos bares: da raiz. Ana e Robervan não sabiam, mas, eram as mais recentes vítimas do que Lupicínio Rodrigues dizia ser um mal sem cura, felizmente.
Contaminados e acometidos por uma crescente disseminação, do que podemos chamar "sambite aguda", resolveram gravar um CD promocional, com sambas de Noel Rosa, Chico Buarque, Roque Ferreira, Roberto Mendes, Tom Jobim e Dorival Caymmi, escolhidos por representarem o que seria a base de seu trabalho. Esse primeiro movimento foi interessante, por ser a exteriorização de algo que existia somente no mundo das idéias.
Movidos por uma intensa pesquisa do universo "sambístico", a paixão só aumentava, sintoma indelével da doença que os contaminara. No seu caminho foram surgindo novos compositores e brotando pérolas como Dona Ivone Lara, Cartola, Ataulfo Alves, Jacob do Bandolim, Adoniram Barbosa, Candeia, Clementina de Jesus, João Nogueira.
Desta pesquisa e da forma singular de conceber a música, cada interpretação tornou-se uma pedra a ser lapidada, a ser personificada com a alma do grupo. Naquele momento, à voz de Ana e ao violão de Robervan, junta-se o bandolim de Marcos Faya, com larga experiência em chorinhos e a percussão de Ray Margel.
O estilo de interpretar sambas vai amadurecendo dia a dia, cada um dos integrantes contribuindo com sua bagagem pessoal. As singularidades vão se mesclando numa forma única de interpretar cada canção. O grupo gosta de ressaltar que a natureza primitiva do samba é o que os inspira e os une. |