O cantor, compositor, griô e multi-instrumentista Maher Cissoko ministra, no dia 15 de julho (sábado), às 10 horas, na Caixa Cultural Salvador, a Oficina de ritmos de Kora e artes de um griô Mandinka do Senegal. A atividade gratuita, que integra o Projeto Sons da África, é voltada para músicos, percussionistas e outros interessados na cultura tradicional Mandinga (Malinka) e nos seus paralelos com os ritmos afro-brasileiros. Trata-se de um reconhecimento dos elos que unem as culturas da diáspora no Brasil com as culturas africanas, neste caso da Casamance, no Senegal.

O objetivo é oferecer um encontro com um exemplo da cultura, da musicalidade e da pedagogia africana, permitindo um maior conhecimento das raízes africanas no Brasil, assim como contribuir com o desenvolvimento das capacidades criativas de cada um dos presentes. Os participantes são convidados a levar um instrumento musical e a interagir também com voz e palmas. As inscrições podem ser feitas presencialmente no dia da oficina, 30 minutos antes do início da atividade, que tem capacidade para 30 pessoas.

Nascido para ser um tocador de kora, em uma lendária família de griôs da região da Casamance, no sul do Senegal, Maher Cissoko é herdeiro de uma tradição passada há mais de 700 anos entre as gerações de sua família. O músico enriqueceu essa herança ao desenvolver um estilo próprio, explosivo e dançante. Além de tocar a kora – instrumento musical de 21 cordas, símbolo da sabedoria divina entre povos da África ocidental, Maher é multi-instrumentista. Domina a arte de diversos instrumentos de percussão da África Ocidental, tais como cabaça, djembê e tama (Talking Drum). Desde o lançamento do seu disco de estreia “Adouna” (2008), e depois com o segundo álbum “Stockholm-Dakar” (2011), ao lado de Sousou Cissoko, fez turnês nos Estados Unidos, Coreia do Sul, Escandinávia, Senegal, Quênia, Uganda, Tanzânia, África do Sul e Brasil.

“Neste terceiro mês de Sons da África, percebemos que as oficinas foram muito interessantes para falarmos sobre a cultura desses países africanos. Não são instrumentos somente para serem tocados em apresentações, porque cada um deles tem um objetivo de comunicação: realizar um casamento, apaziguar e evitar uma guerra, rituais fúnebres, convidar os reis para discutirem melhor as intrigas e os atritos. Falar sobre a construção do instrumento e os seus objetivos é importante para preservá-los. Por isso, para as próximas edições do Sons da África, já estamos pensando em ampliar as oficinas e realizar também seminários e discussões sobre música. Ter um espaço ainda maior para que os artistas africanos possam falar sobre sua cultura”, afirma Emílio Mwana, coordenador geral e idealizador do projeto.

FICHA TÉCNICA:

Coordenação Geral: Emílio Mwana

Produção Executiva: Tiago TAO

Direção Audiovisual: Igor Caiê Amaral

Direção Musical: Ldson Galter

Banda base: Ldson Galter (Contrabaixo acústico, elétrico e arranjos), Marcelo Galter (piano elétrico, teclados e arranjos) e Reinaldo Boaventura (bateria, percussão e arranjos).

Técnico de Som: Humberto Curujito

Técnico de Luz: Rino Carvalho

Programação Visual: Tiago Ribeiro

Assessoria de Imprensa: Frente & Verso Comunicação Integrada I Adriana Jacob e Lívia Santana

Registro Fotográfico: Igor Caiê Amaral

Registro Videográfico: Petrus Pires

SONS DA ÁFRICA

Além de ministrar a oficina, Maher Cissoko fará três shows na Caixa Cultural Salvador, pelo Projeto Sons da África. No dia 14 de julho (sexta-feira), às 20 horas, ele divide o palco com a cantora baiana Márcia Short, dona de uma voz potente e versátil, de inconfundível rouquidão.  No dia 15 (sábado), também às 20 horas, é a vez do cantor, compositor e instrumentista baiano Tiganá Santana unir ao som do artista senegalês suas melodias profundas e harmonias inusitadas, com diversas letras compostas em línguas de Angola e do baixo Congo. No domingo, 16, às 19 horas, um show solo de Maher Cissoko marca o encerramento do Sons da África, que tem como proposta o estímulo ao intercâmbio cultural, a partir da musicalidade que a diáspora africana trouxe ao Brasil.

Em todas as edições, os artistas apresentam-se ao lado de uma banda que participa de todo o processo de diálogo criativo, formada pelo diretor musical Ldson Galter (contrabaixo acústico, elétrico e arranjos), porMarcelo Galter (piano elétrico, teclados e arranjos) e Reinaldo Boaventura (bateria, percussão e arranjos). Juntos, eles dão uma nova roupagem às canções originais e criam novos arranjos para as composições apresentadas no projeto. Os ingressos custam R$ 10,00 a inteira e serão vendidos a partir do dia 14/07, às 9h, para as três datas, na bilheteria da Caixa Cultural, localizada na Avenida Carlos Gomes.