O Largo Tereza Batista vai ser palco do encontro entre Pirombeira e Skanibais, que acontece no sábado (27), às 20h. Dois vencedores na última edição do Prêmio Caymmi e que carregam a bandeira da música instrumental em Salvador, sem abrir mão das canções. Na noite, as duas bandas vão tocar juntas algumas músicas, um momento inédito. Os ingressos estão à venda no Sympla e custam R$ 10 (meia entrada) e R$ 20 (inteira).

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A parceria entre os dois grupos já vem de alguns anos. Skanibais foi um dos grupos que participou do Som de Zilda, projeto encabeçado pelo Pirombeira. Além disso, João Teoria, trompetista e líder da Skanibais, participou da gravação do disco do Pirombeira. Apesar da parceria de longa data, esta será a primeira vez que as duas bandas se apresentam juntas no mesmo palco. Com participação da cantora nigeriana Okwei Odili, essa noite do verão baiano promete um show vibrante.

“É um prazer enorme fazer nosso primeiro show do ano com o Skanibais. Estamos levando para a rua essa paquera que a gente já tem há algum tempo. São duas bandas que estão no mesmo lugar aqui em Salvador, o lugar da música autoral e instrumental, uma música baiana que vai além do que é super difundido, principalmente agora na época do Carnaval. Tenho certeza que vai ser um encontro incrível”, conta João Mendes, cantor e violonista do Pirombeira.

“Há muito tempo esperamos esse momento da gente juntar essas duas bandas gigantesca, com tantos músicos no palco. Então para mim tá sendo alegria muito grande começar o ano com um show maravilhoso desse. Vamos ter o nosso naipe tocando junto com o Pirombeira e também alguns deles vão tocar com a gente. Vai ser um momento de encontro e de trocas, para todo mundo começar o ano inspirado”, afirma João Teoria, trompetista do Skanibais.

Pirombeira

2017 foi um ano especial para o Pirombeira. Vencedores de duas das principais categorias do Prêmio Caymmi, Melhor Show e Melhor Música com Letra, o grupo lançou seu primeiro álbum, totalmente autoral, que traz a participação de Cassio Nobre, Bando Cumatê, Luciano Almeida e Junix. Com o disco, o grupo ainda foi indicado ao Grammy Latino na categoria Melhor Projeto Gráfico com o trabalho da artista visual Lia Cunha. Além disso, foram uma das atrações do Festival de Jazz do Capão, um dos principais eventos do gênero no Brasil, onde dividiram o palco com Egberto Gismonti.

O Pirombeira alcançou esses resultados depois de uma trajetória de oito anos na cena musical de Salvador. Com sua sonoridade que faz um diálogo entre o regionalismo baiano, colocado pelos elementos de baião, frevo, chula e ijexá, e a linguagem universal, trazida pelas referências de jazz, rock e as experimentações, a banda é formada por Aline Falcão (teclado, sanfona e voz), Gabriel Arruti (baixo), Ian Cardoso (guitarra e voz), João Paim (percussão), João Mendes (violão e voz), Rubão Nazario (bateria) e Yves Tanuri (teclados e flauta).

Desde o início da trajetória, o Pirombeira soube criar seus próprios espaços de circulação e interação com seu público e com outros artistas. Durante os quatro anos de realização do Som de Zilda, iniciativa realizada no bar Tenda da Deusa, em São Lázaro, a banda se consolidou como uma das principais articuladoras da música independente da cidade. Nesta experiência, o Pirombeira foi capaz de construir um público cativo que o segue até hoje. O sucesso da campanha de financiamento coletivo realizada em 2016, que viabilizou o álbum, é prova disso. Mais de 200 pessoas apoiaram o projeto, que ultrapassou a meta de arrecadação.

Skanibais

Dez instrumentistas apreciadores das levadas do ska jamaicano se juntam, em Salvador, para reinterpretar o gênero com um sotaque bem peculiar. Em atividade há cinco anos, o Skanibais faz uma enérgica fusão entre o ska, as filarmônicas do Recôncavo, e a malemolência do reggae baiano.

Com extravagantes metais, a sonoridade do grupo se destaca pela vivacidade rítmica e a versatilidade de seu repertório. Além das composições autorais, eles reinterpretam clássicos do ska, do reggae, da MPB e do samba, sempre com temas instrumentais e hits cantados. Toda esta inventividade e potência sonora se traduzem em apresentações efervescentes, que colocam o público para dançar e interagir com suas músicas.

O Skanibais é formado por João Teoria (voz/trompete), Matias Traut (trombone/direção musical), Ito Bispo (saxofone), Kiko Souza (sax/flauta), Nilton Azevedo (sax barítono), Gleison Coelho (sax alto), Alan Dugrave (contrabaixo), Juliano Oliveira (teclado), Marco Oliveira (guitarra) e Uirá Nogueira (bateria). 

Além da afinidade musical, os integrantes da banda compartilham do engajamento em projetos educacionais para jovens, com a realização de oficinas que fomentam e destacam a importância das filarmônicas.