Session idealizada por Luiz Omar, baterista da banda Inner Call, Metal no Teatro chega a segunda edição, com a própria IC, Drearylands e Electric Poison. Como já vimos tanto a primeira quanto a segunda banda anteriormente aqui neste espaço, partimos para a terceira, que era ainda desconhecida pelo colunista.
E, fãs do metal, eis aqui mais uma grata surpresa do heavy metal baiano. A Electric Poison, assim como as outras duas bandas deste show, faz parte de uma tendência dentro do gênero que é o resgate da sua forma mais tradicional, mais ou menos nos moldes desenhados pelo movimento New Wave of British Heavy Metal, que legou ao mundo bandas como Iron Maiden, Def Leppard, Saxon e outras.
“Este resgate da essência antiga do heavy metal está acontecendo a nível mundial. Temos hoje grandes novas bandas como Enforcer, Skull Fist, Ambush, Night Demon, Cauldron e Witchtower, que estão realizando o que parecia estar se perdendo com a inevitável ‘aposentadoria’ dos velhos ídolos: lançar grandes canções, poderosos refrões e melodias sem descambar para a plasticidade e modismos descartáveis da música pesada moderna”, afirma o vocalista Thauan Rodrigo.
“No Nordeste temos uma tradição muito forte de metal extremo, talvez por isso ainda hajam poucas bandas de heavy tradicional. Mas o panorama nacional tem se mostrado favorável e hoje temos bons representantes como o Sweet Danger, Jackdevil, Fire Strike, Frade Negro etc. E estamos trabalhando também para ajudar a manter essa velha chama acesa”, acrescenta.
Fundada em 2009 por Thauan e o guitarrista Fagner Fonseca, a Electric Poison lançou em 2015 um EP de duas faixas, Evil Possession. Com Luã Farias (bateria), Valter Musael (guitarra) e Rodrigo Araújo (baixo), o quinteto lança em breve seu primeiro álbum cheio. “Uma coisa que prezamos dentro da banda é ter identidade própria sem querer reinventar a roda. Há muito espaço para ser criativo dentro do estilo, soar como tal sem ser uma cópia das suas principais influências. E é isso que vocês encontrarão no vindouro disco. Um culto às raízes trazendo o que é nosso”, afirma.
“O álbum será gravado de forma totalmente independente, mas para o lançamento nós contaremos com algumas parcerias que já temos pré estabelecidas em termos de selos”, acrescenta.
Salve o metal baiano
Metal old shool, a Electric Poison se apresentou no último festival Palco do Rock (Carnaval 2017), além de vários palcos underground. “Reafirmo: o metal vem recobrando sua força e sua essência. Torcemos para que o público da cena baiana e brasileira dê mais atenção as bandas da terra, tem muita coisa boa sendo produzida”, conclui Thauan. |